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2005-10-24
A expansão da monocultura de árvores exóticas pode ser responsável pelo declínio e até mesmo a extinção de 26 espécies da fauna dos campos gaúchos. Segundo Glayson Benke, um dos autores do Livro Vermelho da Fauna ameaçada em extinção no RS, atualmente cinco dessas espécies têm a plantação de eucaliptos e pinus como ameaça direta.

O réptil lagartinho-pintado e as aves noivinha-de-rabo-preto, caminheiro-grande, caboclinho-de-barriga-preta e veste-amarela correm risco de desaparecer em função do megaprojeto do governo gaúcho de expandir a área de plantações comerciais de árvores na metade sul e no nordeste do Estado. Conforme Benke, estes animais, sendo exclusivos destas regiões de campos ensolarados, não se adaptam ao novo ambiente de floresta que é sombrio. — Nos campos de cima da serra, por exemplo, nós temos espécies que têm no alastramento de pinus a principal causa da redução de sua população e, sem dúvidas em algumas décadas, do seu desaparecimento completo-, explica. — Como elas não toleram esse ambiente sombrio têm que buscar outras áreas e, se não as encontram, tendem a sucumbir-, afirma o biólogo.

O Rio Grande do Sul possui, atualmente, aproximadamente 400 mil hectares de monocultura de eucalipto, pinus e acácia. A estimativa é de que, em um pouco mais de uma década, as terras gaúchas, em sua maior parte formadas por campos nativos, terão mais de 1 milhão de hectares ocupados por plantações comerciais de árvores. Isto porque o governo gaúcho pretende instalar três grandes fábricas de celulose até 2010. Com a justificativa de desenvolver a economicamente retraída metade sul do estado, planeja-se a inauguração, em poucos anos, de uma unidade da Stora Enso, uma da Votorantim Celulose e Papel e de uma nova unidade da Aracruz nesta região. Cada uma capaz de produzir 1 milhão de toneladas de celulose branqueada/ano, o que necessitaria de uma pujante e vigorosa base ‘florestal’ de eucaliptos, composta inicialmente de pelo menos 300 mil novos hectares.

Além dos impactos na diversidade da fauna, a plantação de árvores exóticas pode ainda trazer outras conseqüências ambientais. De acordo com Carla Villanova, do Núcleo Amigo da Terra/Brasil, sem um sério estudo sobre os impactos sócio-ambientais não é possível prever o real impacto desta expansão na flora riograndense, nos solos, nos recursos hídricos e na própria cultura gaúcha. Para debater os problemas e perigos da expansão das áreas com plantios comerciais de árvores exóticas, o NAT/Brasil estará promovendo, dia 27 de outubro, o seminário Os impactos da Expansão das Monoculturas de Árvores no RS: contra a substituição do campo nativo pela plantação de eucaliptos e Pinus, na Faculdade de Economia da UFRGS. Mais informações pelo telefone 3388 5696. (Amigos da Terra, 21/10)

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