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2005-10-21
Por Francis França
A expressão do coordenador executivo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Sezifredo Paz, soou ríspida no contexto do 3º Congresso Brasileiro de Agroecologia, encerrado ontem (20/10) em Florianópolis. Mas, resumiu as principais barreiras que a agroecologia precisa enfrentar: sair do terreno alternativo e criar métodos de produção barata e em larga escala para atender à população. Segundo Paz, o IDEC discorda de que os orgânicos sirvam apenas a um nicho que adota o consumo destes produtos como estilo de vida.

— Não queremos comida boa só pra quem pode pagar. Orgânico não é de natureba, é comida de gente que merece alimentação saudável -, disse.

Pesquisas indicam que o consumo de orgânicos concentra-se na faixa salarial entre nove e 12 salários mínimos. Segundo dados da Associação dos Consumidores de Produtos Orgânicos do Paraná (Acopa), o consumidor orgânico é profissional liberal com curso superior, geralmente mulher, entre 31 e 50 anos de idade. A tese do estilo de vida, criticado por Paz, também se comprova. São pessoas que têm o hábito de praticar esportes com freqüência e, mesmo morando na cidade, procuram o contato com a natureza, privilegiam terapia e medicina alternativas e se preocupam com saúde e qualidade de vida.

O coordenador do IDEC afirma que a grande massa consumidora não recebe informações sobre os orgânicos, o que torna o consumo elitizado.

Segundo o presidente da Acopa, Moacir Dalrot, engenheiro agrônomo e pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná, o preço dos alimentos orgânicos depende de como eles são comercializados. Se houver uma relação direta entre produtor e consumidor, o preço se equipara aos produtos das feiras convencionais.

— O problema está nas etapas de comercialização. A cada R$ 10,00 gastos com produtos orgânicos, R$ 3,80 vão para o supermercado, R$ 3,30 ficam na mão do atravessador e apenas R$ 2,90 ficam com o produtor –, afirma.

De acordo com o agricultor Afonso Kloppel, da Associação dos Agricultores Ecológicos de Ituporanga/SC, com os atravessadores, o preço dos orgânicos fica até 150% mais caro. Um molho de brócolis, por exemplo, pode subir de R$ 0,50, quando vendido direto pelo produtor, para R$ 2,00 nas gôndolas do supermercado.

Para estimular a produção e popularizar o consumo dos orgânicos, a Acopa, fundada em 2000 e atualmente com 500 associados desenvolve atividades de integração entre produtores e consumidores. Entre elas estão os passeios orgânicos, em que os consumidores visitam as propriedades onde são produzidos os alimentos comercializados em uma feira livre de Curitiba. Outra ação criativa promovida pela entidade são os colha-e-pague (analogia aos pesque-e-pague), em que os consumidores vão até às lavouras escolher os próprios alimentos.

No lado da produção, a associação criou um mecanismo de crédito para financiar produtores que querem começar a plantação de orgânicos. O cheque-verde vem de um rateio entre os associados, que recebem o pagamento do empréstimo em mercadorias na feira.

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