Crescimento industrial chinês traz ameaça ambiental global
2005-10-21
Embora a China esteja causando inveja a muiros países em termos de explosão econômica, há um outro lado deste desenvolvimento. Um relatório do Greenpeace poublicado ontem (20/10) mostra que a China se mantém como o maior destruidor de florestas tropicais. O relatório documenta o vasto desflorestamento causado pela grande demanda chiunesa no comércio de madeira - o maior do mundo - enquanto o desenvolvimento econômico do país faz afundar boa parte de seus recursos naturais.
Citando dados da Organização Itnernacional de Produtos de Madeira, o estudo do Greenpeace afirma que perto de cinco de cada dez árvores de espécies que resultam em madeira pesada são embarcadas das florestas mais ameaçadsa do mundo, que são hoje as chinesas.
Contudo, a devastação florestal é apenas uma das ameaças ao planeta representada por uma economia de 1,3 bilhão de pessoas, a qual agora supera a dos Estados Unidos como a maior consumidora de quatro dos cinco alimentos básicos, energia e commodities industriais - grãos, metais, carvão e aço. A China agora está atrás dos Estados Unidos apenas no consumo de petróleo.
Devido ao aumento da segurança das suas usinas a carvão, os chineses estão firmemente em curso de superar s americanos como os maiores emissores de gases de efeito estufa e, portanto, tornarem-se os maiores contribuidores para o aquecimento global e para a desestabilização climática. Se continuar o descontrole, o crescimento das emisões chinesas de dióxido de carbono nos próximos 20 anos irá anular qualquer corte de emissões que for feito por outros países no mundo.
O relatório do Greenpeace é um dos maiores indícios dos efeitos ambientais catastróficos do crescimento da economia chinesa. Os danos ecológicos da inustrialização acelerada da China são amplamente reconhecidos dentro do próprio país. Em uma entrevista concedida no início desta semana, o ministro do Meio Ambiente chinês Pan Yue disse que cinco de cada dez das maiores cidades poluídas do mundo localizam-se na China; que a chuva ácida atinge já um terço do país; que a metade da água nos sete maiores rios do país está comletamente inutilizada; que um quarto dos cidadãos chineses não têm acesso à água potável;
e que um terço da população urbana respira ar poluído; e que menos de um quinto do lixo das cidades do país é processado e disposto de modo sustentável. ( The Independent, 20/10)