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2005-10-20
Estudioso dos efeitos do desmatamento no clima, o cientista Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), afirma que a seca na Amazônia é fenômeno passageiro, cuja causa mais provável é o aquecimento do Oceano Atlântico.

Qual a explicação para a seca na Amazônia?

CARLOS NOBRE: A maior probabilidade é que o principal responsável por essa seca seja um mecanismo atmosférico oceânico. As águas do Oceano Atlântico ao norte da América do Sul estão mais quentes que a média. Estão acima de 28 graus. Isso faz com que haja movimento atmosférico ascendente em cima das águas quentes.

Voltou a chover, mas vai demorar para os rios voltarem a ficar cheios?

NOBRE: Exatamente. No aspecto meteorológico, não podemos dizer que a seca continua porque voltou a chover no extremo oeste da Amazônia. No aspecto hidrológico, o caboclo ribeirinho vê a chuva cair, mas o nível do rio está lá embaixo ainda.

Essa seca é inédita?

NOBRE: Temos poucos registros de secas tão intensas como esta. Certamente é a seca mais intensa no oeste da Amazônia. No Acre, desde que existem registros, esta é a seca mais intensa. No centro da Amazônia talvez tenha havido duas ou três secas com essa magnitude em cem anos. E no leste da Amazônia não dá para saber, pois a região é afetada pelo El Niño.

O intenso desmatamento da Amazônia influi na seca?

NOBRE: Se os desmatamentos atingirem uma dimensão muito grande, vão impactar o clima da região. Mas a dimensão dessa seca é maior do que a dimensão das áreas desmatadas. Ela afetou o extremo oeste da Amazônia e o oeste do Acre, áreas de floresta preservada.

A seca tem influência do efeito estufa do planeta?

NOBRE: Diretamente, não tem a ver. Mas há estudos mostrando que se o clima continuar aquecendo, os extremos climáticos, como essa seca, como furacões intensos, tempestades severas e inundações, vão ocorrer com mais freqüência. (O Globo, 19/10)

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