Rússia registra foco de gripe do frango na região de Moscou
2005-10-20
A Rússia informou a União Européia (UE) nesta quarta-feira (19/10) que encontrou um foco do vírus da gripe do frango --o HSN1-- que pode ser mortal para seres humanos em aves da região sul de Moscou. Segundo a Comissão Européia, o foco foi identificado a cerca de 200 quilômetros ao sul de Moscou, na região de Tula, próximo a um lago onde vivem inúmeros patos selvagens. Focos do vírus também foram detectados na Turquia e na Romênia.
Apesar de ter infectado 117 pessoas na Ásia no ano passado-- matando 60 delas e forçando a execução de milhares de aves-- o vírus H5N1 --na sua forma atual-- não infecta humanos tão facilmente.
No entanto, alguns cientistas temem que o HSN1 possa sofrer uma mutação que se espalhe facilmente entre humanos, caso ele seja transmitido de aves para humanos em larga escala.
A Rússia já havia anunciado a presença de gripe do frango na Sibéria e no leste da Rússia. Mas o anúncio desta quarta-feira marca a proliferação do vírus para a região oeste das montanhas Ural --que separam a Ásia da Rússia Européia.
O vírus da gripe do frango também foi detectado em uma ilha na Grécia, mas exames ainda não estabeleceram se seria o HSN1.
Na Romênia-- onde a presença do H5N1 foi registrada em uma vila da região do Danúbio na semana passada-- testes indicaram a presença do vírus em outra Província.
Enquanto países europeus se preparam para a resposta à ameaça de epidemia, o Reino Unido já afirmou que planeja comprar vacinas suficientes para proteger toda a população britânica contra o vírus, caso o HSN1 sofra mutação e passe a ser capaz de matar milhões de pessoas.
A Alemanha anunciou que poderá confinar todos os seus frangos, para evitar que entrem em contato com aves vindas da Ásia --que alguns acreditam que estariam espalhando o vírus.
Ministros do Interior de vários países da UE declararam a gripe do frango –uma ameaça– nesta terça-feira (18/10). Ontem (19/10), no entanto, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças tentou acalmar os ânimos.
–No momento, não há razão para pânico na Europa–, afirmou Zsuzsanna Jakab, diretora do centro, em uma coletiva de imprensa. –O risco de os europeus serem infectados pelo vírus é mínimo–, acrescentou. (FSP, 19/10)