Parobé deverá ter usina de lixo regional
2005-10-20
Para melhorar o tratamento dos resíduos sólidos domiciliares (RSD) por meio de
trabalho de melhoria social e ambiental, diretores da empresa Mundo Limpo, que detém
tecnologia de tratamento de RSD, e dois representantes do Banco Japonês J-BIC e do
Fundo Japonês de Carbono JFC, estiveram ontem (19/10) em Parobé, assinando um
contrato de transferência de créditos de carbono pela instalação da primeira usina do
gênero no Brasil. A usina tratará o lixo domiciliar, transformando-o em material que
poderá ser reaproveitado para a confecção de móveis e de tijolos para construção. O
investimento é de R$ 4 milhões, 30% dos quais serão pagos pelos japoneses.
De acordo com a prefeita Gilda Kirsch (PTB), a idéia partiu de uma necessidade da
prefeitura em pagar uma dívida ambiental de mais de R$ 7 milhões. Com a instalação da
usina, prevista para entrar em funcionamento no segundo semestre de 2006, o lixo de
municípios da região poderá ser tratado no local, que fica próximo à divisa entre
Parobé e Nova Hartz. Para isto, 12 municípios estão sendo mobilizados pela prefeitura
de Parobé para a formação de um consórcio intermunicipal que produzirá em torno de
250 toneladas de lixo por dia. Conforme a prefeita, já se comprometeram a aderir ao
projeto Rolante, Riozinho, Igrejinha e Araricá. Além deles, autoridades de Taquara,
Campo Bom, Sapiranga, Nova Hartz e Esteio se mostraram interessadas. – Espero a
adesão de todos os outros municípios a partir de hoje (17/10), quando estamos dando
este passo fundamental-.
A tecnologia é limpa: a partir do momento em que o lixo entra na usina, nada mais
tem contato com o solo. O Japão, afirmam os representantes, tem interesse em
compensar suas emissões de gases causadores do efeito estufa e encontrou neste
projeto uma oportunidade de investir em uma tecnologia que tem conteúdo
socioambiental, uma vez que agrega tecnologia e geração de emprego. Ao final do ato,
houve plantio de muda de árvore. (Jornal NH, 19/10)