União Européia declara que gripe do frango é ameaça global
2005-10-19
Ministros das Relações Exteriores dos 25 países-membros da União Européia (UE), fizeram uma reunião emergencial nesta terça-feira para tratar da gripe do frango, que foi considerada uma –ameaça global–, e requer –uma ação internacional–.
Apesar disso, o Comissário de Saúde da Comissão Européia, Markos Kyprianou, afirmou que a presença da gripe do frango no sudeste da Europa –não aumenta o risco de uma pandemia–. Nesta segunda-feira (17/10), a Grécia anunciou ter constatado o primeiro caso de gripe do frango no país. Outros 12 casos foram reportados na Romênia nesta terça-feira (18/10).
A UE deve banir a venda de aves vivas da região da Grécia até que os testes sobre o tipo de vírus que infectou as aves de uma granja na ilha de Chios. A venda de aves da Turquia e da Romênia já foi banida da UE, depois que testes confirmaram que, em ambos os países, os animais estavam infectados com o vírus da gripe do frango conhecido por H5N1 --o mais agressivo, e que foi responsável por mais de 60 mortes na Ásia, no ano passado. Especialistas também fazem testes em aves da Bulgária e da Croácia.
O ministro britânico das Relações Exteriores, Jack Straw, afirmou após o encontro que os representantes dos países da UE procuraram –se certificar de que há planos de contigência por toda a Europa–.
Apesar de ter infectado 117 pessoas na Ásia no ano passado, e matado 60 delas, o vírus H5N1 --na sua forma atual-- não infecta humanos tão facilmente.
Autoridades dizem temer que aves migratórias espalhem o vírus e que, nesse processo, haja uma mutação que pode transformá-lo em um agente muito mais poderoso contra humanos.
Os países da UE começaram a instaurar medidas de biossegurança para a detecção imediata do vírus, mas há reservas quanto ao número de vacinas disponíveis no continente, caso a doença se espalhe.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que os governos mantenham estoques de vacinas para inocular ao menos 25% da população. Membros da UE afirmaram, entretanto, que alguns países como Islândia, Noruega e Liechtenstein, além dos outros países-membros do órgão, têm apenas 10 milhões de vacinas para uma área --a Europa-- que abriga cerca de 500 milhões de pessoas. (FSP, 18/10)