Governos reagem com atraso a catástrofes, diz Oxfam
2005-10-19
Diante das catástrofes humanitárias, os governos reagem muito tarde e com freqüência se deixam influenciar por critérios políticos ou midiáticos, acusou a organização humanitária britânica Oxfam, em um comunicado divulgado nesta terça-feira (18/10) em Londres.
–A ajuda humanitária nem sempre cobre as necessidades, chega muito tarde e, com freqüência, é mais determinada por critérios midiáticos ou por parâmetros políticos do que pelas necessidades reais no local–, critica a Oxfam no documento –2005, o ano das catástrofes–.
A ONG britânica destaca a enorme diferença entre os fundos liberados para o maremoto no sudeste da Ásia, no final de 2004, ou o recente terremoto no Paquistão, com os valores dirigidos a –crises menos visíveis–, como as de Darfur (Sudão), de Níger ou da República Democrática do Congo. –A falta de uma ajuda rápida e adequada se traduz em milhões de mulheres, homens e crianças que sofrem de forma forma inútil, e em alguns casos equivale a uma condenação a morte para milhares de pessoas–, acusa a Oxfam.
Segundo os dados da organização, o número de catástrofes humanitárias entre 2000 e 2004 foi 55% maior do que o registrado no período 1995-1999. Além disso, o número de pessoas afetadas pelas crises foi um terço maior. (FSP, 18/10)