A tempestade tropical Wilma --a 21ª da temporada do Atlântico-- ganhou força na região do Caribe nesta segunda-feira (17/10), causando estragos na Jamaica, onde fortes chuvas e ventos causaram inundações e bloqueios de estradas. Segundo Barbara Carby, chefe do escritório de emergências jamaicano, ao menos cem pessoas tiveram que deixar suas casas.

De acordo com o chefe de polícia Constable Keisha Scott, a tempestade já fez uma vítima no país. Um fazendeiro de 35 anos se afogou no centro da Jamaica após ser arrastado pela correnteza de um rio.

Wilma se movimenta em direção às ilhas Cayman, mas ainda não leva chuvas e ventos fortes para a região. Segundo meteorologistas, a tempestade deve causar até 30 centímetros de chuva no Caribe. Nas ilhas Cayman, escolas e comércio estavam abertos, mas autoridades alertavam a população sobre a proximidade da tempestade da cadeia de ilhas--que foi devastada pela passagem do furacão Ivan no ano passado.

Meteorologistas prevêem que Wilma se mova em direção a Grand Cayman --a maior ilha da cadeia. Na tarde desta quinta-feira (20/10), a tempestade pode se tornar um furacão categoria 1 na escala Saffir-Simpson (que vai de 1 a 5). De acordo com o NHC, na tarde de ontem (17/10), o centro de Wilma estava localizado 380 km ao sudeste de Grand Cayman e a 365 quilômetros ao nordeste da fronteira entre a Nicarágua e Honduras. Os ventos ocasionados pela tempestade chegavam a 80 quilômetros por hora.

Um alerta de furacão foi divulgado nas ilhas Cayman e um aviso de tempestade tropical foi publicado em Honduras. Wilma é a 21 ª tempestade tropical da atual temporada do Atlântico, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), com sede em Miami. O único ano em que foi registrada a formação de tantas tempestades foi em 1933.

Meteorologistas afirmam que Wilma deve se dirigir à região do golfo do México no próximo final de semana. Segundo as previsões, as altas temperaturas do oceano favorecem que a tempestade se torne um furacão de grandes proporções. Segundo Stacy Stewart, especialista do NHC, Wilma pode atingir a península de Yucatán, no México. –No momento, ela não parece ser uma ameaça significativa para os Estados Unidos nos próximos cinco dias–, afirmou Stewart.

No entanto, Wilma deve retornar à região do golfo do México e pode se tornar uma ameaça para o sul dos EUA. A tempestade de furacões do Atlântico --que teve início em 1º de junho-- termina em 30 de novembro. (FSP, 18/10)