Chegou ao fim e sem resultado o Programa BID Pantanal, que previa investimentos de US$ 400 milhões em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para saneamento básico. O programa visava obter recursos internacionais do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Agora, Mato Grosso tenta cumprir as metas do programa, mas em parceria com o Ministério do Meio Ambiente.

O secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Antônio Pagot, explica que dia 5 de setembro foi a data limite do antigo contrato com o BID.

— Ou renovava ou dispensava.

Os ministérios do Meio Ambiente e do Planejamento decidiram não renovar o contrato. Pagot explica que durante a vigência do programa foram investidos apenas R$ 10,7 milhões. Por outro lado, foram pagos R$ 12 milhões em juros ao BID.

O coordenador-geral do BID Pantanal, Paulo Guilherme, deu a alternativa para que o programa continue entre Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o governo federal. A possibilidade não foi descartada e na próxima semana Blairo Maggi vai tratar do assunto com o governador Zeca do PT (MS).

O BID Pantanal previa investimentos de US$ 400 milhões. Na primeira fase o BID entraria com US$ 82 milhões, o governo federal, com US$ 72 milhões e os Estados com US$ 17 milhões.

— Não virou nada. O governo federal nunca deu a contrapartida - reclama Pagot. Ele ressalta que o governo federal, com os constantes contingenciamentos, não cedeu os recursos previstos no orçamento do Ministério do Meio Ambiente como contrapartida para o BID Pantanal. (Estação Vida, 14/10)