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2005-10-17
O ministro do Planejamento da Argentina, Julio de Vido, assegurou, na manhã de sábado (15/10), que estão avançadas as negociações para que Águas de Barcelona (Agbar) assuma a gestão da Águas Argentinas durante os próximos dois anos, em substituição ao Grupo Suez. Em Salamanca, na Espanha, onde participa da XV Cúpula Ibero-americana, de Vido disse que estavam sendo realizadas gestões para que a gerência operacional da companhia espanhola não seja temporal, isto é, tenha caráter permanente.

De Vido assinalou que na reunião bilateral mantida na sexta-feira (14/10) entre o presidente argentino, Néstor Kirchner, e o titular do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, – avançou-se muito – no que diz respeito ao futuro da Águas Argentinas. Ainda na sexta-feira (14/10), supunha-se que um grupo de empresários nacionais e fundos de investimentos estrangeiros apresentariam uma oferta para a compra da Águas Argentinas. Setenta por cento das ações da empresa são controladas pelo Grupo Suez – que, no mês passado, anunciou sua saída da sociedade –, pela Agbar e por outras companhias estrangeiras. O restante das ações pertence ao Banco Mundial, a empregados e ao Banco Galícia.

Parte da oferta revelada implicaria a espanhola Agbar, que –apesar de ter reduzida sua participação acionária de 25% para 7% – passaria a ocupar-se da gestão direta da Águas Argentinas nos próximos dois anos. A pedido do grupo investidor interessado em comprar a Águas Argentinas, a empresa catalã permaneceria como operadora técnica do serviço até 2008, com o objetivo de assegurar o funcionamento normal durante a passagem da propriedade aos novos acionistas e a manutenção dos padrões de qualidade dos serviços.

Na manhã de sábado (15/10), de Vido revelou que estavam sendo levadas a cabo diversas negociações para que a Agbar administre a empresa por mais tempo. Segundo assegurou, –Zapatero nos disse que vai falar com Águas de Barcelona para que sua permanência como operadora técnica da empresa não seja somente por doisd anos, mas definitiva–, assinalou o ministro argentino. Também o chanceler argentino, Rafael Bielsa, mostrou-se confiante no rumo das negociações. Considerou que o futuro –é auspicioso – e ratificou que o serviço está garantido. –Estão avançando as conversações com a Agbar. O rumo é muito auspicioso– assinalou. Ele, no entanto, advertiu que, antes, –Águas de Barcelona deve resolver a situação com a empresa Suez–. (Fonte: Clarín, 15/10)

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