Efeito do buraco de ozônio diminui, mas o alerta fica
2005-10-17
Os efeitos do buraco na camada de ozônio no Rio Grande do Sul diminuíram, mas o
alerta sobre os efeitos dos raios ultravioleta permanecem. As nuvens de chuva e o
movimento dos ventos na alta atmosfera fizeram com que a concentração de ozônio da
frente que está sobre a estratosfera do Sul do país aumentasse um pouco. Na
quinta-feira (13/10), os índices medidos pelo Centro Regional Sul de Pesquisas
Espaciais (CRSPE) ficaram em 275 DU, unidade de medida da concentração do ozônio na
atmosfera. O valor ainda está abaixo da média que é de 293 DU. Na quinta-feira, ele
ficou em 263 DU.
- Está levemente se recuperando. Amanhã vamos ter certeza se é uma tendência. Mesmo
assim, é preciso manter os cuidados ao se expor ao sol-, afirma o chefe do CRSPE,
Nelson Schuch.
A camada de ozônio serve como uma proteção natural contra os raios ultravioleta.
Estes raios podem causar câncer de pele, catarata e outros problemas nas pessoas que
se expuserem ao sol sem proteção. Nas plantas, o ultravioleta atrapalha
a fotossíntese (transformação do gás carbônico em oxigênio pelas plantas) e o
crescimento vegetal.
Desde 1992, o CRSPE mede, em conjunto com o Laboratório de Ciência Espacial (Lacesm)
da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o nível de ozônio na estratosfera. As
medições permitiram apontar que, nos meses de setembro a novembro, o buraco na camada
de ozônio no continente antártico fica maior. (Diário de Santa Maria, 14/10)