Indústria madeireira se reúne em congresso
2005-10-14
A indústria madeireira se prepara para discutir os problemas e soluções para o setor em encontro de empresários brasileiros e de outros países. De 26 a 28 deste mês, no Hilton Hotel, em Belém, será realizado o 7º Congresso de Compensados e Madeira Tropical. Os madeireiros vão avaliar a conjuntura atual e as perspectivas de mercado e a as responsabilidades do Estado e da Indústria na atividade florestal. Por ser o único fórum promovido por uma entidade de classe do setor e conhecido no mundo todo, o evento vai abordar ainda como as articulações políticas e as decisões econômicas se refletem na produção e nas exportações do produto amazônico, alvo da cobiça de grandes grupos econômicos e da preocupação de ambientalistas.
Os custos de transação e a ilegalidade na atividade estão na pauta dos debates, assim como também a questão fundiária, a inserção do produto brasileiro no mercado internacional e concorrência com outros países, entre outros pontos. Ao final do congresso será divulgada a Carta de Belém, um documento para sintetisar as conclusões dos debates e apontar novos rumos para os próximos dois anos. Entre as palestras mais esperadas está a que será ministrada pelo consultor Antônio Martins Franco, no dia 28, acerca do Impacto da China no setor e questões internacionais.
Junto com o congresso será instalada a 6ª Feira de Máquinas e Produtos do Setor Madeireiro. A exposição começa um dia antes do congresso e termina no dia 29.
A quantidade de novas empresas de vários países é o destaque desta próxima edição do Congresso de Compensados e Madeira Tropical. Fabricantes de máquinas, equipamentos, insumos e ferramentas para a indústria madeireira terão seus produtos expostos. A expectativa é de que participem cerca de 230 expositores.
A feira de Belém é considerada a maior do gênero no Brasil. Nela poderão ser vistas as últimas novidades tecnológicas da produção de pisos de madeira, decks, portas, janelas, painéis, sarrafeados, compensados e laminados, entre outros.
A abertura do Congresso terá o painel Clima de negócios e o setor florestal, sobre os entraves e desafios nas exportações, macroeconomia, infra-estrutura e logística, regulamentação florestal e ambiental e governança florestal. A realização do evento é de responsabilidade da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (Aimex) e Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa). O apoio é do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal e do Sindicato da Indústria de Madeira de Belém, Ananindeua e Marituba (Sindimad). (O Liberal, 13/10)