(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-10-14
A barragem começou a ser implantada em 2002, com a assinatura de contrato de financiamento com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com contrapartida do governo estadual e da Saneago. Com 50% da obra já realizados, a previsão é de que em 2005 sejam investidos R$ 50 milhões. A barragem é referência mundial para o BID.

Situada junto ao Morro do Bálsamo, a seis quilômetros do Jardim Guanabara, na região norte de Goiânia, a obra teve o trabalho de desvio do Ribeirão João Leite iniciado em agosto de 2004 por técnicos da Saneago, com a inundação de uma área de 1.040 hectares. O lago será formado em áreas próximas aos parques Altamiro de Moura Pacheco e dos Ipês.

O desvio construído pelo consórcio de empresas responsáveis pela execução da obra permitirá que o caminho de água siga seu destino com vazão para abastecimento de 6,23m3. A altura da lagoa é de 50 metros e o comprimento da crista é de 451 metros, com capacidade para armazenar 129 bilhões de litros de água. A obra, em conjunto com o Sistema Meia Ponte, garante água tratada para cerca de 2,3 milhões de pessoas.

Trabalho e meio ambiente – O projeto foi solicitado pelo BID há mais de 12 anos. Durante mais de cinco anos, as negociações do BID foram suspensas.

Em 1999, no início do governo atual, é que as negociações foram retomadas. O BID considera a obra como prioritária para abastecimento de água da população da Região Metropolitana de Goiânia. Além de abastecer, a barragem vai contribuir para a recuperação do Rio Meia Ponte, que corta a Capital.

O BID leva muito a sério os projetos que visam a despoluir os rios. Até agora, o empreendimento já garantiu cerca de 800 empregos diretos e 500 indiretos. Os recursos liberados para a construção da barragem garantem a implantação do sistema de esgoto na região noroeste de Goiânia. São os sistemas Caveirinha e São Domingos.

O município de Terezópolis, a 40 quilômetros da Capital, também será beneficiado com os investimentos aplicados na melhoria das redes de água e a construção de esgoto sanitário.

Proteção ambiental
Estudos alertam que em dois ou três anos, com as taxas de crescimento da população de Goiânia e adjacências, a água se tornaria escassa. A construção da barragem veio garantir o crescimento sustentável da região, além de atender aos municípios de Aparecida e Trindade, entre outras cidades.

A barragem faz parte de um projeto do governo do Estado para contribuir com a recuperação do Rio Meia Ponte. Para a formação de reservatório de acumulação é necessária a preservação e manutenção da qualidade da água; para isso, foi elaborado um projeto básico ambiental.

O objetivo é analisar as reações do solo, da fauna e sua relação com o homem. Os projetos visam a prevenir os impactos ambientais e reconstituir situações alteradas pela obra. Além de atender à legislação e à política de meio ambiente do BID, com programas considerados referência mundial do banco, divididos em seis categorias.

No meio biótico, o programa visa a recompor a flora do entorno do reservatório, curvas de níveis e preservação de vertentes, além do salvamento da fauna atingida, monitoramento e manejo da ictiofauna, estudos limnológicos, monitoramento da comunidade platônica e de plantas aquáticas, vigilância epidemiológica e controle sanitário de endemias.

No meio biofísico, o programa trata da implantação de unidades de conservação, manejo do solo orgânico, desmatamento e limpeza da área a ser inundada, enchimento do reservatório. No meio antrópico, trata do ordenamento territorial e uso do solo, educação ambiental, plano de contingência e análise de riscos. No meio físico/antrópico, a relocação da infra-estrutura atingida, e, no meio biótico/antrópico, a descontaminação da área, com a remoção de fossas, pocilgas e currais.

Além disso, o projeto conta com recursos ambientais e 34 programas, que serão realizados durante a implantação da obra. Dentre eles, podem-se destacar o Plano de Ação para Aquisição de Terras (PAAR), levantamento da fauna, recomposição florística, conservação do solo, desmatamento da área a ser inundada, estudos limnológicos, levantamento e monitoramento da ictiofauna, ordenamento territorial, uso e ocupação do solo, educação ambiental com interação da comunidade.

Esses programas foram desenvolvidos em parceria entre Saneago, Agência Ambiental e Secretaria do Meio Ambiente (Semarh). O objetivo maior é atender à legislação ambiental e à política de meio ambiente do BID. Todo trabalho é voltado para prevenção, monitoramento de possíveis danos futuros à natureza e à comunidade advindos da construção da barragem.

Para atender às necessidades dos estudos correntes e pesquisas, foram consultadas entidades e fundações ligadas às universidades goianas. Com pessoal técnicamente qualificado, as obras da barragem são um prato cheio para estudiosos e curiosos do processo de inundação.

Os especialistas acreditam no surgimento de surpresas em função das pesquisas, já que o manacial é fonte inesgotável de pesquisas e curiosidades.

A barragem

Já realizados 50% da obra Localizada no Ribeirão João leite, junto ao Morro do Bálsamo, à montante da cidade de Goiânia

451 metros - Comprimento total da crista

12 milhões de metros cúbicos - Volume total do reservatório

2,3 milhões de habitantes - População atendida

5,33m3/s - Abastecimento

3,00 m3/s - Vazão de diluição (até 2010)

0,90m3/s - Descarga mínima (a partir de 2010)

1040 ha - Área inundada (corresponde a 214,5 alqueires goianos)

(Diário da Manhã –GO, 13/10)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -