Analisar as oportunidades e desafios para a produção, comercialização e utilização do biodiesel no País. Esta é a proposta que reunirá executivos do governo e da iniciativa privada, durante a primeira conferência da IBC sobre biodiesel, que será realizada dias 17 e 18, no Rio (RJ). Os executivos terão como desafio buscar respostas para equacionar questões surgidas a partir da demanda imposta por lei, tais como capacidade nacional de produção, atratividade do mercado externo, regulamentação, incentivos fiscais e desenvolvimento de mercado interno, entre outros aspectos. O assunto ganhou destaque no início deste ano, quando o Governo Federal aprovou a mistura de 2% biodiesel no diesel, obrigatória a partir de 2008 até 2012, e que demandará produção mínima anual de 800 milhões de litros de biodiesel.

— A partir de 2013, o índice de mistura subirá para 5%, o que deverá elevar a demanda total anual para 2,4 bilhões de litros - analisa o gerente de projeto da IBC, Rodrigo Sienra, responsável pelo evento.

— Sabe-se que a produção atual não chega sequer a um milhão de litros, ainda que existam estudos para utilização de mamona, soja babaçu e girassol como fontes de biodiesel.

Participam do evento, representantes do BNDES, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Embrapa, Unica, FNP, Petrobrás Distribuidora, Ecosecurities e da Associação Brasileira das Indústrias de Biodiesel (Abiodiesel), que discutirão, entre outros temas, oportunidades de investimento em fontes geradoras deste combustível, aspectos da tributação e dos incentivos fiscais na cadeia de produção, matérias-primas disponíveis para o biocombustível, características do mercado interno que se desenvolverá e perspectivas de desenvolvimento dos centros de distribuição. (O Estado de S. Paulo, 12/10)