Começa resgate de animais na Hidrelétrica Campos Novos
2005-10-13
Cerca de 28 profissionais estão na região da Usina Hidrelétrica Campos Novos, em construção no Meio-Oeste catarinense, para resgatar os animais que vivem na área alagada. Entre as espécies estão tatus, cobras, ratos e aranhas. O trabalho é necessário para garantir a conservação da fauna e da flora local.
De acordo com a bióloga contratada pela empresa responsável pelo projeto da usina para supervisionar o resgate, Genoveva Maurique, as espécies raras de animais serão enviadas para remanescentes florestais adequados. Os que estiverem feridos ou doentes passarão por tratamento no centro da fauna e flora, em Celso Ramos, e depois devolvidos ao ecossistema. Os animais recolhidos estão sendo marcados e identificados para serem monitorados após a soltura.
— O objetivo maior do resgate é a produção de soros antiofídicos e a realização de pesquisas em laboratórios de universidades – destaca a bióloga.
A partir da semana que vem, uma equipe com 30 profissionais da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) vai salvar as espécies marinhas que vivem nos trechos onde a água está mais baixa. Serão resgatadas espécies de peixes como lambaris, traíras, cascudos e joaninhas.
— Antes, durante e após o enchimento do lago está sendo realizado o monitoramento da fauna e das áreas destino, além do acompanhamento para saber se o número de espécimes aumentou ou diminuiu, devido à competição dos inimigos naturais – explicou Genoveva.
Outra equipe está verificando se há oxigênio suficiente na água para manter a vida dos peixes. Os procedimentos estão sendo acompanhados por órgãos ambientais como Fatma, Ibama e Polícia Ambiental. (ClicRBS, 11/10)