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2005-10-13
Para alguns setores que ainda têm dúvidas sobre o reflorestamento na Metade Sul, o projeto da multinacional Stora Enso não são só flores. Aliás, flor é algo que não cresce em meio às árvores de pínus e eucaliptos devido ao grande consumo de água das árvores. Como exemplo, há as enormes florestas plantadas há 20 anos no sul do Estado, mas que pouco geram recursos aos municípios onde se localizam.

Há 15 anos estudando os prós e contras sobre o reflorestamento, o professor Mauro Valdir Schumacher, do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), discorda dos riscos ambientais. Segundo ele, todo novo investimento traz mudanças no local onde é implantado, mas há regras para impedir danos à natureza.

- Não queremos que as pessoas vejam a floresta como uma vilã-, afirma.

Favorável ao investimento da Stora Enso, Schumacher ressalta que os produtores terão de fazer o plantio corretamente, obedecendo aos prazos para o corte das árvores e os locais para a plantação, que não podem ficar perto de rios. O professor lembra que, há 20 anos, o plantio de árvores no sul do Estado ocorreu sem o planejamento necessário. Na época, as pesquisas sobre o setor eram menos avançadas.

Reflorestamento é alternativa para o campo Atualmente, o curso de Engenharia Florestal da UFSM é referência em reflorestamento por ser o único curso da área no Rio Grande do Sul. Nesses anos todos de pesquisas, Schumacher garante que as árvores de pínus e eucaliptos só trazem vantagens a quem cumpre com as normas estabelecidas.

O convívio dos animais do campo e das árvores não traz prejuízos. - O reflorestamento é uma fonte de renda extra na fazenda-, diz. (Diário de Santa Maria, 11/10)

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