Amazonas firma contrato de fornecimento de madeiras
2005-10-11
Um carregamento de 360 m3 de madeira serrada extraída de áreas de manejo florestal sustentável dos municípios de Benjamim Constant e Atalaia do Norte chegou a Manaus nesta semana e segue para Rondônia como parte inicial de um lote de 1.000 m3 do produto que foi negociado, com o apoio do governo do Estado do Amazonas, entre a Amras (Associação dos Madeireiros e Reflorestadores do Alto Solimões) e as empresas Madeireiras Batista e Capital Brasil, que fazem parte do grupo Madeireira Batista.
Os valores de mercado das peças, segundo dados da Amras, valem respectivamente R$ 1.000, R$ 700 e R$ 400 por metro cúbico de cedro. Ao todo o volume total da madeira do Alto Solimões foi negociado com o grupo Madeira Batista por cerca de R$ 1 milhão.
O segundo lote de 300 m3 de madeira deverá ser entregue em 15 dias, segundo previsão da Amras. Trata-se da primeira negociação entre pequenos extratores de madeira do Alto Solimões e o grupo Madeireiras Batista, que financiou com cerca de R$ 925 mil uma parte da produção madeireira sustentável dos municípios que integram a Amras.
Por meio do programa Zona Franca Verde, os 679 produtores ligados à associação estão recebendo treinamentos de qualificação em manejo florestal e vêm conquistando novos mercados com a madeira legalizada, com o suporte técnico da Afloram (Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis), que vem dinamizando as cadeias produtivas florestais no Estado.
— Estamos recebendo apoio do governo do Amazonas desde a primeira etapa, que é a capacitação técnica, até a identificação de novos mercados. É a prova de que o Zona Franca Verde está incentivando a economia do interior do Amazonas - disse Túlio Campos de Albuquerque, presidente da associação, ressaltando que desde que foi criada, a Amras já movimentou 1.169 empregos diretos e indiretos no Estado.
— A região do Alto Solimões está se apoiando na produção florestal sustentável para gerar desenvolvimento. Com o apoio da Afloram, a Amras no município de Benjamim Constant, por exemplo, possui uma serraria que está sendo usada para capacitação de mão-de-obra e beneficiamento de madeira - disse Túlio Albuquerque.
O carregamento total negociado com o grupo Madeireiras Batista chega a um volume de 1.000m3 de cedro, que inclui madeira de primeira e segunda qualidade (classificação por tamanho da madeira serrada) e short (peças menores que resultam do processo de beneficiamento). (Jornal do Commercio, 11/10)