Estação de esgoto da Lagoa da Conceição é ampliada em Floripa
2005-10-11
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) inaugurou ontem a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto da Lagoa, com investimento de R$ 1 milhão. A estação estava recebendo um volume de esgoto bem maior do que a capacidade de tratamento, o que levava a problemas ocasionais de funcionamento, com extravazamento de dejetos não tratados.
— Ela foi construída em 1987 para atender 4,5 mil pessoas e já estava servindo a 6 mil - explica o presidente da Casan, Walmor de Luca. Mas o aumento de capacidade, para 16 mil habitantes, ainda não vai significar mais esgoto tratado, já que isso depende da ampliação da rede de coleta.
A rede de coleta que leva o esgoto até a estação de tratamento atende a região central da Lagoa, incluindo o centrinho, a avenida das Rendeiras, parte da avenida Osni Ortiga e o acesso à praia da Joaquina. A Barra e a Costa da Lagoa também já contam com rede de coleta, mas não com tratamento. Isso ainda depende da conclusão de outra obra, a estação de tratamento da Barra da Lagoa, e de obras de conexão dessa estação com as duas redes, inclusive um emissário subaquático que atravessará a parte norte da Lagoa, levando o esgoto da Costa até a Barra.
A área mais preocupante hoje, no entanto, é o Sul da Lagoa.
— O Canto e o Porto da Lagoa, onde moram grande parte do PIB da cidade, não têm rede de coleta de esgoto - reclama Aurélio Lelo Oliveira, presidente da Associação de Moradores da Lagoa (Amola). A Casan conta com a liberação de recursos federais do Programa de Desenvolvimento do Turismo do Sul (Prodetur-Sul). Os R$ 7 milhões prometidos para as próximas semanas, segundo de Luca, serão suficientes para construir a rede de coleta de 14 quilômetros do Canto da Lagoa.
— É uma região problemática porque o solo ali é pedregoso e os sistemas de fossas sépticas não funcionam bem - disse o presidente da Casan.
Na Barra da Lagoa, as obras já estão em andamento e a previsão é de que a estação fique pronta em maio do ano que vem. A Casan também vai ampliar a rede de coleta e conectar à nova estação as redes da Barra e da Costa, que depende da construção do emissário subaquático. A estimativa de investimento é de R$ 11,5 milhões com recursos da Casan, Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e financiamento da Caixa Econômica Federal. A Casan ainda negocia um empréstimo com o banco japonês JBIC, que já tem aprovado o aval do governo federal, para completar a rede de coleta na Lagoa, incluindo Porto da Lagoa, Canto dos Araçás, Village e Ponta das Almas. (A Notícia, 08/10)