ONU pede US$ 22 milhões para desabrigados na Guatemala
2005-10-11
A Organização das Nações Unidas (ONU) solicitou nesta segunda-feira (10/10) US$ 22 milhões para a ajuda de emergência aos desabrigados pelas inundações e deslizamentos de terra na Guatemala provocados pelas chuvas relacionadas à passagem do furacão Stan. O desastre natural atingiu 15 dos 22 departamentos (Estados) do país centro-americano, onde ocorreram várias inundações e mais de 900 deslizamentos de terra, causando a morte de centenas de pessoas.
O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) indicou que as comunidades mais vulneráveis perderam suas fontes de receita, e que estas condições precárias perdurarão pelos próximos meses. Estimativas preliminares apontam para perdas no setor agropecuário que podem superar os US$ 200 milhões. No setor estrutural, o prejuízo por danos em pontes e estradas pode chegar a US$ 700 milhões.
Os fundos arrecadados serão destinados a ações emergenciais, como provisão de água potável, saneamento, alimentos, abrigo, serviços de saúde e comunicações, segundo as prioridades determinadas pelo Ocha em conjunto com o governo da Guatemala.
A entidade aprovou uma ajuda de emergência de US$ 80 mil para os esforços de coordenação e socorro imediato aos desabrigados pelo furacão.
A Guatemala também recebeu fundos de emergência e artigos de primeira necessidade de outras agências da ONU, como o Fundo para a Infância (Unicef), o Programa Mundial de Alimentos (PMA), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa para o Desenvolvimento (Pnud).
O embaixador Jorge Skinner-Klée, da Guatemala, demonstrou seu agradecimento ontem (10/10), na sede da ONU, pela solidariedade demonstrada por diversos países e organismos internacionais neste –momento de amargura– vivido pelo país. –Os efeitos devastadores destes fenômenos naturais têm relação direta com a maneira com que a humanidade se relaciona com a natureza–, afirmou. –Não podemos esquecer esse elo, mas também não podemos esquecer a cooperação rápida oferecida pela ONU. Agradecemos a ajuda decidida e desinteressada–, acrescentou o diplomata. (EFE, 10/10)