As lavouras transgênicas contaminam terras por até 15 anos após a colheita, afirma uma nova pesquisa divulgada no final da semana pelo governo britânico. A descoberta coloca mais nuvens sobre as perspectivas de crescimento das lavouras geneticamente modificadas na Grã-Bretanha, sugerindo que os trabalhadores rurais que experimentam tais sementes por mais de uma temporada terão devastação de suas terras por uma década e meia.

Financiada por companhias da área de OGM, pelo Departamento de Meio Ambiente de Margaret Beckett, pela instituição Negócios Rurais e de Alimentação, o relatório efetivamente torpedeia a estratégia do governo de introduzir, à força, sementes geneticamente modificadas no país.

Os ministérios estipularam que as lavouras não devem devem ser cultivadas até que as novas regras entrem em vigor, a fim de permitir que haja coexistência entre sementes transgênicas e convencionais. Mas a pesquisa mostra que isto é efetivamente impossível.

O estudo, publicado pela Sociedade Real, examinou cinco sítios na Inglaterra e na Escócia, onde sementes de oleaginosas foram cultivadas, e descobriu significativas quantidades de plantas geneticamente alteradas crescendo mesmo após os sítios terem retornado à produção com sementes comuns. A conclusão é que a pesquisa revela –um problema potencialmente sério associado com uma persistência temporal das sementes no solo–. (The Independent, 9/10)