Rio Gravataí ainda preocupa
2005-10-07
Integrando os eventos da XII Semana Interamericana e V Semana Estadual da Água,
ocorreu ontem (6/10) o I Seminário da Área de Proteção Ambiental (APA) do
Banhado Grande, no auditório da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema). O foco
dos debates se concentrou na crise da Bacia Hidrográfica do rio Gravataí.
Em março, o nível do rio chegou a 2,5 metros abaixo do normal, ocasionando problemas
de abastecimento para cerca de 2 milhões de pessoas. O seminário teve por objetivo
apresentar e estimular a troca de informações entre o governo e representantes de
entidades e instituições relacionadas à área de abrangência do Banhado Grande.
Em 1998, foi criada a unidade de conservação de uso sustentável denominada APA do
Banhado Grande, situada nos municípios de Glorinha, Gravataí, Santo Antônio da
Patrulha e Viamão. A área têm 133 mil hectares e abriga o conjunto de banhados de
formadores do rio Gravataí: Banhado Grande (Gravataí e Glorinha). Um dos principais
objetivos da criação da APA é a preservação dos ecossistemas, da flora e da fauna,
bem como o desenvolvimento socioeconômico. A APA está ligada à bacia hidrográfica
do rio Gravataí e tem grande biodiversidade.
Embora seja unidade de uso sustentável, também abriga uma área de proteção integral:
o Refúgio de Vida Silvestre Banhado dos Pachecos. Para Carlos Augusto Marchiori, da
ONG Saalve, a crise do Gravataí é reflexo do descuido a partir do desenvolvimento
econômico. (CP, 07/10)