Tratamento tentará combater efeitos das algas no verão
2005-10-07
A partir de novembro, novos processos no tratamento da água prometem combater o gosto e o cheiro que as algas provocam na água do Guaíba.
Nos meses de estiagem, a queixa dos usuários ao Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) foi grande. Desta vez, o departamento iniciará o processo antes das reclamações. Mas adverte: não é mágica.
- É uma tentativa de amenizar o efeito desse fenômeno, já que há previsão de outro período de pouca chuva. Isso favorece a proliferação das algas no Guaíba. Fizemos testes durante o ano para achar alternativas - diz o químico Renato Rossi.
A partir de novembro, outros produtos, parecidos com o cloro, serão somados ao processo de tratamento para eliminar as partículas que causam o problema. O tempo de contato da água com o carvão ativado, já usado, será aumentado.
- Mas é importante lembrar que a qualidade da água nunca correu risco com o problema das algas. Sempre foi uma questão com o gosto e o cheiro. São medidas paliativas, somente a despoluição traria um resultado efetivo - diz o diretor-geral do Dmae, Flávio Presser.
Ontem, o Dmae divulgou o Relatório 2004 da Qualidade da Água. A partir de segunda-feira, o relatório será entregue com a conta de água. O impresso tem o resultado médio das análises feitas em 2004. Traz as etapas do tratamento e o endereço dos postos de atendimento.
Em junho, as 264 mil contas emitidas mensalmente passaram a indicar locais onde estão disponíveis dados sobre a potabilidade da água. A partir de março, o documento terá os parâmetros básicos de qualidade da água por mês, seguindo portaria do Ministério da Saúde. (ZH, 7/10)