Obra em molhes de Rio Grande vai recomeçar
2005-10-07
As quatro empresas do consórcio responsável pela ampliação dos molhes da barra de Rio Grande se mobilizam. Hoje o grupo deve se reunir com o Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transportes (Dnit) para definir as providências necessárias à retomada da obra, parada desde 2003.
- A hipótese de superfaturamento foi afastada. As obras estão paradas devido a uma decisão judicial, mas agora vamos tentar a retomada ainda em outubro - explica Ricardo Portella, presidente do grupo Sultepa, ao qual pertence a empresa Pedrasul, integrante do consórcio.
Iniciado em 2001, o projeto foi suspenso dois anos depois em virtude de uma ação do Ministério Público Federal (MPF) na Vara Federal do município, alegando risco ambiental. Ontem, o desembargador Edgard Antônio Lippmann Júnior, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, autorizou a continuação das obras.
Lippmann atendeu parcialmente ao pedido do Dnit, que recorrera da decisão inicial, autorizando o prosseguimento dos trabalhos até que sejam atingidos 50% do total da construção. A recomendação atende a uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).
Conforme a assessoria de imprensa do TCU, depois de realizada a metade das obras, apenas o estudo de impacto ambiental pode parar ou viabilizar a conclusão do processo. Orçado em R$ 170 milhões, o projeto atingiu 20% do previsto até a parada, consumindo R$ 36 milhões.
Necessária para a melhoria nas condições de navegação nas proximidades do Porto de Rio Grande, a obra prevê a extensão de 900 metros do molhe oeste, de 500 metros do molhe leste e o aprofundamento do calado em 40 pés. (ZH, 7/10)