Estado diversifica as fontes de energia para alcançar a auto-suficiência
2005-10-06
O Rio Grande do Sul atualmente compra 40% de energia de Itaipu para atender a um
consumo que no pico do verão passado foi a 4,3 MW. Para chegar à auto-suficiência, o
secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, calcula que será
necessário um investimento de US$ 400 milhões por ano até 2008 em geração e
transmissão de energia. Nessa auto-suficiência, a diversificação é fundamental.
Andres calcula que o potencial do Estado para novos aproveitamentos chega a 14 mil
MW em energia eólica, 5 mil MW em hidrelétricas e 800 MW em biomassa, a energia
gerada a partir de resíduos orgânicos.
O secretário vê, ainda, chances de implantação das usinas Candiota 3 e Jacuí 1,
com geração a partir do carvão. Mas, para o secretário, a energia que mais se
destacará no Estado no curto prazo é mesmo a eólica que já tem garantidos 227,5 MW
pelo Proinfa.A capacidade instalada no Estado garante a geração de 4.140 MW, em usinas
hidrelétricas, termelétricas a óleo combustível, a gás natural e a carvão mineral, e
de fontes alternativas de energia.
As fontes alternativas em operação são usinas termelétricas, biomassa e pequenas e
microcentrais hidrelétricas.
A geração hidrelétrica é a principal fonte de energia elétrica, representando 63% da
capacidade gaúcha instalada. A geração termelétrica representa 34% da capacidade
instalada. Destacam-se as termelétricas a carvão mineral e a gás natural.
As fontes alternativas de energia - biomassa, utilizando como combustível casca de
arroz e resíduos de madeira, e as pequenas centrais hidrelétricas - representam 3%
da capacidade instalada no Rio Grande do Sul. (JC, 06/10)