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2005-10-06
Barcos estrangeiros clandestinos estão invadindo o litoral brasileiro, praticando pesca predatória, inclusive matando tubarão, só para retirar a nadadeira. No Espírito Santo, os pescadores estrangeiros fogem da aproximação dos barcos de pesca capixabas, e não respondem às tentativas de comunicação por rádio. As práticas predatórias não são fiscalizadas pelo Ibama, e nem a invasão do território brasileiro é combatida pelo Ministério da Defesa.

A matança de tubarões apenas para aproveitamento das nadadeiras, produto com alto valor no mercado oriental, vem reduzindo os estoques da espécie em todo o mundo. A redução do estoque já chegou ao litoral capixaba.

Os tubarões, genericamente chamados de cações, capturados no litoral pelos capixabas são inteiramente aproveitados, pois a carne é apreciada em todo o País. No exterior, pelo menos da maioria dos animais mortos, só é retirada a nadadeira a facão: o animal, ainda vivo, é devolvido ao mar. Morre a seguir. Tal prática ameaça a sobrevivência da espécie. Os tubarões têm em média 200 quilos, e são mortos anualmente 200 milhões de animais no mundo.

— Antigamente tinha mais cação e a pesca era intensa. Hoje tem a concorrência dos barcos ilegais estrangeiros-, denuncia Jorge Fernandes de Freitas, presidente da Associação dos Pescadores de Itaipaiva, no sul do Estado. A denúncia de invasão de barcos estrangeiros ao litoral brasileiro é feita por vários pescadores. Jorge Fernandes de Freitas confirma: —Na nossa costa há barcos estrangeiros ilegais. São do Japão, Coréia, entre outros países. Fogem da nossa aproximação é não respondem a sinais de rádio. Só nas proximidades de Itaipava estão operando seis barcos estrangeiros ilegais.

Tais barcos operam de forma predatória, com redes de arrasto. Capturam tudo, inclusive camarão. Mas só aproveitam os peixes nobres, já grandes. Os peixes pequenos e sem valor comercial mortos são devolvidos ao mar. A ação predatória dos grandes barcos estrangeiros ilegais, e dos grandes barcos brasileiros que, embora legalizados, praticam a pesca predatória, está afetando o estoque de muitas espécies no Espírito Santo. Jorge Fernandes de Freitas informa que a pesca está sendo realizada cada vez mais longe da costa, exigindo mais dias de trabalho, e a um custo maior. E com um ganho menor para o pescador.

— Futuramente não haverá peixe no Espírito Santo, prevê o dirigente. Só na região de Itaipava e Piúma trabalham cerca de 3000 pescadores. O presidente da Associação dos Pescadores de Itaipava afirma que não há fiscalização do Ibama. Tampouco há ação do Ministério da Defesa, que ele vê como necessária. Ao Ministério da Defesa cabe acionar a Marinha e/ou a Aeronáutica para capturar estas embarcações e adotar as medidas necessárias para proteger o território nacional.

A pesca predatória do tubarão é feita para produção de sopa (barbatanas), para aproveitamento da cartilagem, sob a forma de cápsula, e no caso brasileiro, para aproveitamento da carne e venda da cartilagem e nadadeiras para o exterior. Com resultado, a capacidade de renovação ou recuperação da espécie está ultrapassada. Algumas espécies estão à beira do colapso: 33 das 88 espécies de tubarões encontrados no litoral brasileiro estão ameaçadas de extinção. (Século Diário, 5/10)

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