Lixo de rio exibido no Centro de Lagoa Vermelha
2005-10-06
Fogão, geladeira, sofá, mesa, vaso sanitário, bicicleta e carrinho de bebê. A relação não é de objetos encontrados dentro de uma casa, mas parte do lixo recolhido no último sábado das margens Rio Passinho Fundo, em Lagoa Vermelha, no norte do Estado.
O material foi exposto na Avenida Afonso Pena - a mais movimentada da cidade - para conscientizar a população sobre a importância da destinação correta aos resíduos. Não eram só objetos de uma casa. De carros, havia rodas, pneus, cano de descarga, bancos reclináveis e direção, além de ferros e garrafas.
- Isso que fizemos uma triagem. Colocamos em exposição só o que mais chamou atenção. Nossa intenção foi mostrar a quantidade de lixo que as pessoas largam na água que depois elas vão beber - disse José Aldoir da Luz Costa, gerente da Corsan e presidente da Associação Rio Passinho Fundo de Proteção Ambiental (Arppa), entidade que organizou a coleta.
Material estava próximo do ponto de captação de água
Conforme o sargento Luiz Antônio Ribeiro, comandante da Patrulha Ambiental, o material foi recolhido em duas horas, num raio de dois quilômetros do ponto de captação da água para tratamento da Corsan.
- Isso mostra que tem gente que não está dando o destino certo para o lixo - afirmou o sargento. O lixo em pleno Centro despertou interesse de quem passou pelo local.
- Não acredito que tiraram tudo isso da beira do rio. É um absurdo. As pessoas têm de se conscientizar de que isso não pode acontecer - disse a dona de casa Solange Nunes Ribeiro, 39 anos. Ela aproveitou para alertar a sobrinha Marina, nove anos, sobre o cuidado que deve ter com os resíduos. Professores aproveitaram para levar alunos para ver a exposição.
- Tem quase tudo de dentro de uma casa. Olha ali, tem até sofá - mostrou Elton Santos da Silva, 10 anos, a um colega da escola Presidente Kennedy. O material foi exposto sábado e deverá ser recolhido hoje. (ZH, 6/10)