Ano hidrológico espanhol fecha com as menores chuvas em três temporadas
2005-10-05
O ano hidrológico espanhol – que compreende o período de 1º de outubro a 30 de setembro – fechou com uma reserva de água nas bacias peninsulares de 20.973 hectômetros cúbicos, o que supõe 39,4% de sua capacidade total. Os dados, publicados pelo Ministério do Meio Ambiente, informam que as chuvas do ano hidrológico foram de 403,4 litros por metro quadrado de média na Península, cifra mais baixa dos últimos 15 anos e muito inferior às precipitações médias registradas na Espanha desde 1930.
A ministra deo Meio Ambiente, Cristina Narbona, qualificou de –dramático – o ano hidrológico. Narbona explicou que após os últimos meses de extrema seca, o quadro é muito difícil e o objetivo prioritário é assegurar o abastecimento à população já a partir deste mês, quando se inicia o novo ano hidrológico.
A ministra referiu-se às secas cíclicas que a Espanha sofre, e insistiu que ainda há muito por fazer no sentido de se valorizarem novas tecnologias, como a dessalinização de água marinha e a reciclagem de águas residuais, para combater esta situação.
Na semana passada, as reservas peninsulares seguiram em baixa, perdendo mais 265 hectômetros cúbicos, e as variações mais significativas foram as registradas nas bacias do Ebro, que registraram uma diminuição de 100 hectômetros cúbicos. A bacia do Tejo, uma das que sofre a mais precária situação, recuperou um hectômetro cúbico durante os últimos dias e foi, juntamente com a do Duero, a única que melhorou em relação à semana anterior.
As reservas de água acumulada nas bacias da península (39,4% de sua capacidade total) representam quase 20 pontos percentuais a menos que as existentes no ano passado na mesma época – 21.238 hectômetros cúbicos, que representavam 56%. A pior situação é a da bacia do Segura, onde há 116 hectômetros cúbicos de água, o que se supõe ser 10,3% de sua capacidade total, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente.
(El Mundo, 4/10)