Consciência é pauta da Semana da Água em Porto Alegre
2005-10-04
Uma das medidas mais importantes para a despoluição do arroio Dilúvio não inclui a
realização de obras ou o aporte significativo de recursos. Depende mais da população,
que deve adotar posturas de preservação do meio ambiente, como não jogar lixo nas
águas e não ligar a rede de esgoto cloacal em conjunto com a do pluvial. A avaliação
é da coordenadora do Programa Pró-Dilúvio pela Secretaria Municipal do Meio
Ambiente (Smam), Daniela Bolner.
O programa envolve várias secretarias e departamentos da prefeitura. A coordenadora
foi uma das participantes do I Seminário Arroio Dilúvio, realizado de sábado (01/10)
até segunda-feira (03/10) na PUCRS, integrando a programação da 12ª Semana
Interamericana e 5ª Semana Estadual da Água, que ocorrem até 12 de outubro. Segundo
Daniela, as possibilidades concretas de revitalização do arroio são de médio e longo
prazos, ou o equivalente a um período de 10 a 20 anos. Atualmente, a prefeitura
desenvolve projetos, entre eles um piloto em parte da chamada margem direita do
Dilúvio. O projeto inclui uma área cujos limites são a avenida Ipiranga e a rua
Casemiro de Abreu e as ruas Ijuí e São Vicente. Nesse trecho, já foram identificadas
quais as obras necessárias, entre elas a extensão de um coletor.
Outra iniciativa do poder público é a realização de testes de corante e análises de
amostras de água, feitos através do programa Esgoto Certo, em que técnicos do Dmae
visitam casas e prédios verificando as ligações. – As obras apenas não adiantam se
as pessoas, quando fizerem uma reforma na casa, por exemplo, não realizarem a
ligação correta do esgoto-, destacou a coordenadora. As ligações inadequadas de
esgoto cloacal à rede pluvial, a insuficiência do sistema de esgoto cloacal, a
obstrução da rede cloacal por resíduos e o lançamento inadequado de lixo na rua são
apontados pelos estudos como as principais cargas poluidoras. (CP, 04/10)