Barco com bandeira de Gibraltar derrama cinco mil litros de combustível em Cádiz
2005-10-03
Uma embarcação com bandeira de Gibraltar e procedente do Reino Unido causou, na madrugada da sexta-feira(30/9), o derramamento de uns cinco mil litros de combustível nas imediações da Refinaria Cepsa, localizada em San Roque, Cádiz, Espanha. Segundo informação da Subdelegação do governo de Cádiz, o navio, chamado Eileen carregava subprodutos para transportá-los até Peñón e, por volta das 5h15min, provocou um derramamento porque um tanque de carga que se comunicava com o lastro ocasionou a abertura de uma válvula, de onde vazou o óleo.
A Capitania Marítima de Algeciras (Cádiz) alertou ao Centro de Coordenação de Emergências 112 e aos municípios ribeirinhos que está, agora, trabalhando na contenção e na limpeza de Salvamar de Algeciras, Limpiamar IV e em Punta Mayor.
Segundo a subdelegação, a Capitania Marítima imobilizou a embarcação e abriu um expendiente de investigação, assinalando que a poluição –está muito controlada. Conforme denúncia da organização Ecologistas em Ação, o navio provocou um incidente similar há três anos, pelo que foi multada em 600 mil euros por um presumido delito ecológico. –Havíamos advertido a Capitania Marítima sobre esse risco–, assegurou o porta-voz da Ecologistas en Ação no Campo de Gibraltar, Antonio Muñoz.
Muñoz denunciou que o navio, assim como o La Calpe ou o La Caleta, é muito antigo e, apesar disto, realiza 40% do embarque de produtos de refinaria que vai a Peñón – uma advertência que os ecologistas jjá haviam feito à Capitania Marítima de Algeciras (Cádiz). Além disto, há três anos, provocou um grande vazamento de hidrocarbonetos desde o rio Guadarranque até a praia de Puente Mayorga, no terminal municipal de San Roque. Uma denúncia levou à multa de 600 mil euros por presumível delito ecológico. Os ecologistas denunciaram que a refinaria Cepsa –é cúmplice por permitir que, sem métodos tecnológicos suficientes, circulem esses tipos de embarcações, que levam cargas sem que nada as possa impedir–.
Atualmente, os rebocadores da Capitania Marítima e da própria refinaria trabalham com dispersante para eliminar o hidrocarboneto altamente cancerígeno, conforme fontes da capitania. –Mas isto está provocando o rebaixamento para o fundo, acabando com a flora e a fauna marírtima– ,assinalam oficiais.
(Fonte: El Mundo, 30/9)