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2005-10-03
O Greenpeace lançou na sexta-feira (30/9) a versão inicial de um documento interno ainda em discussão no Pentágono - Doutrina para Operações Nucleares Conjuntas - que revela como a nova política de armas nucleares do governo norte-americano está se tornando prática militar. A nova doutrina mostra planejamentos militares antecipando que armas nucleares dos EUA podem ser usadas de forma preventiva e em crises muito menores do que o imaginado anteriormente, incluindo-as em conflitos considerados convencionais.

O documento, que inclui comentários dos principais comandantes militares, apresenta a primeira declaração formal da política nuclear operacional dos EUA desde o início da administração Bush. O texto revela graves desentendimentos internos sobre a legalidade da nova postura dos EUA, especificamente o apoio ao uso de armas nucleares contra alvos cuja destruição por uma arma nuclear leve inevitavelmente a mortes em massa de civis. É esperada uma versão final do documento nos próximos meses.

O documento revela que:

- Há planos para o uso preventivo de armas nucleares contra países não-nucleares e que, segundo os EUA, pretendam fazer uso de armas químicas ou biológicas contra suas forças e aliados.
- É falsa a afirmação da administração Bush para o público de que o papel das armas nucleares está sendo enfraquecido.
- Armas nucleares podem ser usadas em crises menos intensas do que as consideradas anteriormente, incluindo conflitos convencionais.
- Está sendo desfeita a distinção entre forças tradicionais e armas nucleares, que estão sendo integradas ao armamento usual.
- O propósito principal de mísseis de defesa é proteger militarmente forças não-civis.
- Alguns comandantes acreditam que não existem as ameaças usadas como justificativas para a nova política nuclear.
- Existem divisões internas sobre a legalidade da nova doutrina nuclear.

Por um lado, o documento conclui que os Estados Unidos são legalmente livres para usar preventivamente as armas nucleares se desejarem. Entretanto, o texto revela um debate entre diferentes comandos sobre a legalidade de diversos tipos de alvos para armas nucleares.

— Esse documento arrepia qualquer um. Ele mostra que os cargos mais altos do Pentágono têm mudado sua maneira de pensar e agora vêem armas nucleares não mais como último recurso, e sim como armas comuns à disposição para qualquer conflito-, afirmou Guilherme Leonardi da campanha antinuclear do Greenpeace.
No Brasil, o Governo Federal mantém um Programa Nuclear com um lado militar e outro civil. Está na mesa do presidente Lula para aprovação um plano que custaria mais de R$ 30 bilhões até 2022 e prevê a construção da usina nuclear de Angra 3, assim como outras seis usinas de grande e pequeno porte. O novo programa sugere que a contribuição da energia nuclear na matriz energética brasileira passe dos atuais 1,5 a 2% para 5%, o que seria praticamente triplicar o volume de energia nuclear no País. Além de dar continuidade à construção de um submarino nuclear e de um projeto de enriquecimento de urânio.

O Greenpeace defende o fim da ameaça nuclear e um mundo livre de armas nucleares de destruição em massa. — O que está acontecendo nos Estados Unidos é prova de que a energia atômica pode ser utilizada com objetivos diferentes daqueles para os quais foi desenvolvida. Com a descoberta desse documento do Pentágono, fica evidente que o Programa Nuclear Brasileiro possibilita a tomada de decisões inaceitáveis e perigosas para toda a humanidade-, acrescentou Guilherme Leonardi. — Para garantir um futuro pacífico e sustentável é fundamental o compromisso de desarmamento da nação com o maior arsenal nuclear do planeta, os Estados Unidos-.
Veja o documento em inglês:
http://www.greenpeace.org.br/nuclear/pdf/eua_plano.pdf. (Com informações do Greenpeace)

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