(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-10-03
Resumo: O Estado do Paraná destaca-se por ser responsável por mais de 20% da produção nacional de grãos. Prevalecem em sua estrutura agrária, pequenas e médias propriedades onde predomina a mão-de-obra familiar. Buscando manter e aumentar as produtividades atuais, a agricultura paranaense utiliza intensivamente os insumos disponíveis no comércio, como é o caso nos agrotóxicos, onde o Paraná é tido como segundo maior consumidor nacional.

A venda maciça deste insumo, o baixo grau de escolaridade dos usuários, aliado a falta de cuidados quando da sua utilização resultam no surgimento de intoxicações. Baseado nesta realidade, o presente estudo objetivou identificar e caracterizar o perfil das populações intoxicadas por agrotóxicos no Estado do Paraná, durante o período de 1993 a 2000 e propor medidas que visem diminuir os prejuízos às populações expostas. Para tanto, foram analisadas as intoxicações agudas notificadas durante o período de 1993 a 2000, referentes ao banco de dados fornecido pela Secretaria Estadual da Saúde. As intoxicações foram analisadas segundo as seguintes variáveis: sexo, idade, local de ocorrência, via de contaminação, ocupação, evolução final (cura ou óbito), classe e grupo químico dos agrotóxicos. Após a tabulação dos dados, as variáveis foram relacionadas aos Núcleos Regionais que compõe a Secretaria de Estado da Agricultura do Paraná e as intoxicações foram correlacionadas às áreas de seis grupos de cultivos (frutas, culturas de inverno e verão, olerícolas, olerícolas grandes e outros cultivos).

Os resultados do estudo apontaram que a maior parte das intoxicações ocorreu em atividades relacionadas à causa profissional (53,1%), tendo sido os inseticidas os agentes causadores da maioria das intoxicações (37,9%) e óbitos (42%). A maioria dos intoxicados foram indivíduos do sexo masculino (79,8%), sendo a faixa de idade compreendida entre os 18 e 23 anos, onde ocorreram o maior número de intoxicações (21,2%) e óbitos (15,8%). O maior percentual de óbitos ocorreu mediante a tentativa de suicídio (86%), principalmente na faixa de idade entre 18 e 23 anos (16,1%). Foi na zona rural onde se deu o maior número de ocorrências (65%), em indivíduos ligados a ocupação agrícola (63%). As principais vias de contaminação, para a causa profissional foram a via respiratória com 58,3% dos casos e suas combinações com as demais vias (82,2%). Para a causa suicídio a via prioritária foi a digestiva, tendo atingido 95,7% dos casos notificados. A região norte (composta pelos núcleos regionais de Apucarana, Cornélio Procópio, Ivaiporã, Jacarezinho, Londrina e Maringá) deteve o maior número de ocorrências de intoxicações (43,1%) e óbitos (37%), sendo os organofosforados os maiores responsáveis por ambas.

A análise de Correlação concluiu ser positiva a relação existente entre as intoxicações notificadas e as áreas de cultivos de culturas de inverno e verão, frutíferas e olerícolas. O acesso fácil, associado ao armazenamento inadequado dos agrotóxicos, assim como a participação prematura em atividades agrícolas resultou na ocorrência de intoxicações e óbitos em indivíduos menores de idade. O uso do Receituário agronômico e Guia de aplicação para agrotóxicos de venda aplicada não impediram a ocorrência de intoxicações e óbitos causados por herbicidas bipiridílios.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP).
Autor: Polastro, Dalmo.
Contato:e-mail dpolastr@esalq.usp.br

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -