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2005-09-30
A Prefeitura anunciou ontem o novo modelo de coleta seletiva de lixo, com o qual quer quadruplicar o volume de material reciclado na capital. Hoje só 1.831 (0,8%) das 204 mil toneladas coletadas por mês são recicladas. A meta é chegar a 9.360. O secretário de Serviços, Andrea Matarazzo, garantiu que a Prefeitura não pretende reduzir o espaço dos catadores desvinculados de cooperativas nem retirar carroças das ruas, como temem entidades ligadas a sem-teto.

— Queremos ampliar oportunidades para este pessoal, pioneiro na coleta seletiva.

O trabalho de reciclagem é feito atualmente por 705 integrantes de cooperativas conveniadas com a Prefeitura e milhares de avulsos - não há estimativa oficial sobre o número deles e as extra-oficiais vão de 5 mil a 20 mil. A idéia é pôr o sistema para funcionar ainda este ano, elevando o número dos catadores conveniados para 2.700 e a renda média mensal dos atuais R$ 400,00 para R$ 626,00.

Segundo Matarazzo, a Prefeitura quer fundir algumas centrais de triagem públicas abertas a cooperativas, reduzindo o número de 14 para 10, mas ampliando a estrutura para trabalhar em três turnos. A frota de 72 caminhões que recolhem lixo reciclável deverá ser mantida - segundo a Prefeitura, só 20% da capacidade é utilizada.

A entrevista na qual Matarazzo anunciou o projeto foi tensa, interrompida por críticas de catadores (Veja texto ao lado). O secretário esforçou-se para rebater versões de que o projeto é excludente. Afirmou que a adesão a ele é espontânea e quem quiser trabalhar por conta própria pode continuar assim.

O secretário usou o exemplo da Baviera, na Alemanha , onde 75% do lixo é reciclado, para falar do potencial do mercado. Usando termos típicos de empresários, disse que a Prefeitura pode ajudar na eficientização da coleta, aumentando os lucros de catadores que já fizeram a fidelização da clientela.

Ele está negociando com a Fiesp para que empresas comprem material reciclado das cooperativas, eliminando atravessadores. Outro foco do projeto é convencer empresas, condomínios, shoppings e supermercados a colocarem em seus prédios contêineres e agentes das cooperativas para fazer a reciclagem internalizada.

É como se boa parte da cidade adotasse o sistema adotado na Vila Olímpia, zona sul. Lá a entidade Projeto Colméia trabalha com apoio de condomínios e empresas, que separam o lixo reciclável e o entregam a catadores cadastrados.

A Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios ainda não foi procurada, mas se dispôs a trabalhar com a Prefeitura.

— Temos cerca de 30 mil condomínios associados e vamos incentivá-los a aderir - disse seu presidente, José Fernando Robottom.

Entre os catadores, o projeto foi recebido com elogios, mas também com reservas.

— O modelo pode ser bom, mas precisa definir onde os catadores vão trabalhar - disse o presidente da cooperativa Coopamare, Eduardo Ferreira de Paula.

Um dos principais temores é o de que a Prefeitura crie empecilhos ao trabalho de catadores no centro.

— Existem 5 mil, 6 mil catadores fora do processo - disse Carlos dos Reis, do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis.

Para o secretário, que não revelou o valor a ser investido no sistema, dúvidas são naturais, porque o projeto tem pontos pendentes. Um deles é justamente como será feita a parceria com catadores no centro. (O Estado de S. Paulo, 29/09)

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