Siderúrgicas usam carvão ilegal e não fazem reflorestamento
2005-09-30
A Diretoria de Florestas do Ibama concluiu o relatório sobre o uso de carvão
por 12 siderúrgicas em funcionamento no Pará e no Maranhão, que beneficiam o
minério de ferro extraído do Pólo Carajás (PA). Oito siderúrgicas utilizam
carvão de procedência ilegal, fazem consumo maior que a demanda declarada e
não repõem a floresta. A informação é de Gilberto Costa, da Envolverde -
Revista Digital de Meio Ambiente e Desenvolvimento (www.envolverde.com.br/).
O carvão é utilizado para aquecimento de fornos que derretem o minério de
ferro e para a fixação de carbono no ferro gusa (formação de liga). Entre
2000 e 2004, as siderúrgicas do Pará deixaram de declarar a origem de 5,3
milhões de metros cúbicos de carvão. No Maranhão, 2,4 milhões. Esses 7,7
milhões de metros cúbicos equivalem a 140 mil caminhões trucados carregados.
O Ibama estima que a ilegalidade movimentou em cinco anos R$ 385 milhões. De
acordo com o relatório, o parque siderúrgico do Pará e do Maranhão está em
franca expansão. Só em Marabá, por exemplo, a produção cresceu 28,9% em
cinco anos.
Em 2004, reportagem do Observatório Social mostrou que o problema não se
resume à questão ambiental: as siderúrgicas da região também compram carvão
proveniente de mão de obra escrava. Para ler a reportagem, acesse o endereço
http://www.observatoriosocial.org.br/portal/content/view/7/36/.
Clique no link da edição número 6. (Com informações do Observatório Social)