Parque Marinha pode ser fechado e ter ingressos à venda
2005-09-30
Símbolo do tradicionalismo e da integração de gaúchos de todo o Estado durante o Acampamento Farroupilha, o Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, em Porto Alegre, pode ser cercado e ter o acesso vinculado à cobrança de ingresso. A idéia divide opiniões de freqüentadores e tem o apoio do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG).
Concebido pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), o projeto prevê ainda obras de melhoria na infra-estrutura, a construção de dois campos de futebol sete e de uma minifazenda. A área de 410 mil metros quadrados seria fechada e se transformaria em um parque temático, valorizando a cultura gaúcha. O valor do ingresso não está definido, mas segundo o secretário seria irrisório. O dinheiro auxiliaria na conservação do espaço.
Para colocar o projeto em prática, a prefeitura depende de empresas, que doariam material ou dinheiro. - Parte do parque já é cercada, mas são cercas frágeis, que obstruem totalmente a passagem das pessoas. A intenção é ampliarmos o espaço fechado e potencializarmos o local para a cultura gaúcha - afirma o secretário de Meio Ambiente de Porto Alegre, Beto Moesch.
Assunto polêmico, a possibilidade de cercar parques e praças na Capital vem sendo discutida nos últimos anos. Contrário às proposta de cercar o Parcão e a Redenção, Moesch acredita que, no caso do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, a mudança não afastaria freqüentadores:
- É um espaço temático, voltado para a preservação da tradição gaúcha. As pessoas não correm ou caminham dentro do parque.
Opinião que tem o apoio do presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Manoelito Savaris. Para ele, o cercamento é uma questão de segurança. Quanto à cobrança de ingresso, diz que o caso terá que ser analisado dependendo das atividades a serem realizadas:
- Defendemos que o parque necessita de planejamento para que sua utilização não fique restrita à Semana Farroupilha e possamos usá-lo como potencializador. (ZH, 30/9)