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2005-09-28
Por Carlos Matsubara
Ontem o dia foi de derrubar supostos mitos a respeito dos organismos geneticamente modificados (OGMs). Ou, de pelo menos, tentar. O caso se deu durante o IV Congresso Brasileiro de Biossegurança, realizado no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.

Cientistas de diversas universidades falaram simultaneamente em dois espaços diferentes durante a tarde inteira para uma platéia basicamente formada por estudantes e professores de biologia. Nem precisaram se esforçar muito. Quase todos já chegaram com a cabeça feita .

Era o caso da estudante de biologia, Juliana Tarantino, 25 aninhos, e uma das mais entusiastas da biotecnologia. — Os conhecimentos da biotecnologia surgiram em meados do século XIX e, mesmo antes, intuitivamente os mesmos princípios eram adotados para produzir pães, iogurtes, vinho, entre outros alimentos-, explica para um abismado ouvinte.

Ju parece entender do que diz. Ela é uma das poucas a rir das piadas montadas pelo pesquisador Alex Grobman, do Instituto Nacional de Investigação e Extensão Agropecuária do Peru, em cima das manchetes e títulos de trabalhos publicados favoráveis aos transgênicos em revistas especializadas. — São quase sempre títulos assustadores-, tripudia, para o deleite da seleta platéia.

Para Grobman, a percepção do público é fatalmente alterada pela manipulação de informações errôneas ou mal- intencionadas a respeito dos transgênicos e suspeita das organizações contrárias à Ciência. — Algo hay, algo hay-, repetia o peruano.

A mesma opinião é compartilhada pela americana Patricia Traynor, da New Zealand Agritech Inc., que falou sobre Percepções Públicas: Uma estratégia para aumentar a informação e entendimento. Segundo ela, as informações chegam ao público leigo de maneira atravessada, não somente pela má-fé de certos organismos internacionais, como organizações não-governamentais, como também pelo despreparo dos próprios cientistas, que não sabem se comunicar.

Ela citou três obstáculos nessa comunicação:
O baixo nível das informações científicas;
A forte visibilidade de campanhas de grupos contrários e
A inabilidade de cientistas em garantir a segurança dos transgênicos.

— O objetivo da informação correta é o de convencer o público dos benefícios dos OGMs a ele mesmo, à sua comunidade e ao seu país-, ensinou a americana, que acredita que só desta forma o público poderá decidir sobre quando, onde e como pode ser usado. — Caso contrário prevalece a ignorância-, conclui.

Um dos supostos mitos citados acima, e que foram abordados durante o evento, foi o de que não haveriam estudos que comprovassem a segurança alimentar dos transgênicos. Conforme os palestrantes, as plantas transgênicas e suas derivadas são testados quanto a sua segurança sim, e para cada produto os resultados são avaliados pela comunidade científica e pelos órgãos governamentais competentes. — A Organização Mundial da Saúde já se posicionou sobre isso, os produtos são consumidos por milhões de pessoas sem nenhum relato de problemas de saúde-, garantem.

Outro argumento bastante lembrados pelos opositores é o de que a adoção das plantas transgênicas irá beneficiar apenas os latifundiários. — Pequenos produtores de países como Índia, China, Filipinas e México adotaram culturas como algodão, milho e soja e a menor quantidade de agrotóxicos exigido proporciona facilidade de manejo e uma economia no custo de produção-, relatam.

Sobre uma suposta falta de pesquisas ambientais no Brasil, são taxativos: — Pesquisas de campo com soja tolerante ao glifosato vem sendo conduzidas no país há vários anos sob aprovação e acompanhamento de pesquisadores e órgãos competentes do governo. Inclusive com parecer favorável da CTNBio em 1998-. Para o pesquisador do Departamento de Genética e Evolução do Instituto de Biologia da Unicamp, Marcelo Menossi, os transgênicos são testados como nenhum outro alimento, sendo tão ou mais seguros que os convencionais.

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