Vinte e cinco mil litros de destilado de alcatrão e hulha, derivados de negro de fumo usados na produção de pigmentos, vazaram do tanque de um caminhão no último sábado, atingindo, solo, vegetação e o canal de drenagem, na altura do Km 44 da Via Anchieta.

O produto é tóxico e o vazamento vem sendo monitorado desde então. Cerca de mil pessoas moram nas proximidades e a região não recebe água tratada.

Os trabalhos de retirada do produto estão sendo acompanhados por técnicos da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), órgão ambiental estadual. Um trecho de cerca de 200 metros, nos dois lados da pista, foi atingido, exigindo a retirada do solo e vegetação contaminados.

O rio Cubatão, que recebe as águas de drenagem da Serra do Mar, também está sendo monitorado para verificar se há presença do produto na água e qual a concentração. Dois engenheiros da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) participam da operação, pois o local do acidente fica cerca de cinco quilômetros do ponto de captação.

Até momento não é possível afirmar se o abastecimento de água será afetado, apesar do rio já apresentar odor característico do produto.

Barragens de contenção foram colocadas pela Cetesb em quatro pontos de captação da água, desde o ponto do vazamento, diminuindo o risco de contaminação na região serrana.

Agentes municipais da Defesa Civil e Vigilância Sanitária percorreram quatro bairros e alertaram cerca de 200 famílias (perto de mil pessoas) mais próximas ao local do vazamento para evitarem o consumo dessa água.

O vazamento ocorreu porque o caminhão-tanque que transportava o produto pela Via Anchieta perdeu os freios e se chocou contra a mureta de proteção existente no local. Com a batida, o tanque tombou, deixando vazar todo o produto. (Jornal do Brasil Online, 27/09)