Terminar com o que é considerado uma das principais fontes de alagamento do Centro da cidade. Este é o propósito de uma parceria que está sendo fechada entre a prefeitura e a Secretaria Estadual de Obras e dará origem a um projeto de drenagem do Arroio Montenegro. O curso de água, que passa por vários bairros até terminar no Rio Caí, é responsável por freqüentes inundações de ruas, casas e lojas na área central em dias de chuva forte e em ocasiões de cheia do rio.

De acordo com o secretário de Obras Públicas de Montenegro, Marcelo Schüler, o projeto está sendo elaborado pelo Estado, enquanto o município viabiliza o levantamento topográfico de todo o arroio, que tem cerca de três quilômetros de extensão e passa pelos bairros Santo Antônio e Ferroviário, além do Centro, e pela comunidade Passo do Manduca. – O que ocorre é que, principalmente no Centro da cidade, a tubulação responsável pela vazão do arroio foi se tornando deficitária com a urbanização de suas margens, que trouxe asfaltamento de vias e loteamento de terrenos que acabaram por se tornar pontos de represamento de água-.

Schüler aponta como um dos pontos críticos de alagamentos a esquina das Ruas Santos Dumont e Capitão Porfírio, na área central, ponto em que o arroio segue em céu aberto e onde o projeto que está sendo desenvolvido será executado. – A idéia é fazer uma nova galeria de canos na Rua Capitão Porfírio, que conduziria o excesso de água até o rio e evitaria os problemas neste ponto-.

A primeira visita dos técnicos responsáveis pelo projeto ao município ocorreu no dia 9, e o prazo para que o trabalho fique pronto é de 180 dias. – Desta forma, não teremos o plano de trabalho pronto antes de abril do próximo ano e, só com estes dados em mãos, poderemos avaliar a extensão e o custo correto da obra, que deverá girar em torno de R$ 1 milhão. Com projeto pronto, partiremos para a busca de recursos para executá-lo, o que não tem prazo para ocorrer-, diz.

Schüler informou, ainda, a existência de problemas relativos ao Arroio Montenegro na canalização que fica sob a RS-287, no trecho entre o bairro Santo Antônio e o Centro. – Temos ali galerias quebradas a sete metros de profundidade que precisam ser substituídas-. O sapateiro Luciano Henrique Schweig, 32 anos, aprova a notícia. – Basta chover forte por cerca de meia hora que o arroio transborda. Por isso, é bom saber que estão buscando soluções-, disse.
(Jornal NH, 27/09)