ONU aposta no armazenamento de CO2 para lutar contra emissões
2005-09-28
O armazenamento subterrâneo de CO2 a grandes profundidades poderia reduzir –entre uns 20 e 40% as emissões de dióxido de carbono daqui até o ano 2050–, segundo um informe realizado por un grupo consultor da ONU o qual foi nesta semana apresentado na Conferência Mundial do Clima de Montreal. – Embora as soluções mais importantes para a luta contra o aquecimento global e a mudança climática venham de fontes de energia mais limpas e eficientes, este informe demonstra que capturar e armazenar o dióxido de carbono pode supor uma ajuda extra a essas novas energias –, assegurou Klaus Toepfer, diretor do programa de meio ambiente da ONU (UNEP).
O estudo foi realizado pelo Painel de Investigação da Mudança Climática, um grupo de especialistas colocado em ação em 1988 pela Organização das Nações Unidas. Segundo suas investigações, o armazenamento de CO2 em formações geológicas poderia ser uma solução para entre 15% e 55% das emissões que se devem reduzir para estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa entre agora e o ano 2100.
Muitas das tecnologias necessárias para levar à prática este armazenamento estão suficientemente maduras, incluindo as aplicações que injetam o gás nas formações geológicas. Apesar disto, os experts da UNEP consideram que o processo pode ser de difícil implantação, a menos que os governos dos principais países contaminantes incentivem o uso destas tecnologias.
De fato, o governo espanhol já mostrou, em várias ocasiões, seu apoio ao armazenamento de CO2, ainda que instituições como o Greenpeace considerem esta prática –um erro perigoso–. Segundo o informe apresentado na conferência, o armazenamento de CO2 –pé muito suscetível de reduzir o custo global envolvido nas emissões de gases de efeito estufa sobre a mudança climática, uma vez que contribuirá para estabilizar a concentração d gases na atmosfera–. (El Mundo, 27/9)