(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-09-27
A chuva da madrugada desta segunda-feira, no Acre, refrescou, mas não acabou com o incêndio nas florestas do estado. Um volume de chuva intenso, capaz de apagar o fogo, ainda vai demorar.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e o Laboratório Federal do Acre prevêem chuva só para segunda quinzena de outubro. — Ao menos ganhamos tempo para reorganizarmos nossa ação-, disse o gerente do Ibama em Rio Branco (AC), Anselmo Forneck.

O fogo, que atingiu a Reserva Extrativista Chico Mendes, já atravessa reservas e terras produtivas particulares. Além da floresta, a destruição tocou pasto de animais e plantações, afetando a economia. O fogo chegou às copas das árvores, o que, segundo Anselmo, explica a gravidade do problema e a decretação pelo governador Jorge Vianna do estado de emergência nos 12 municípios do Acre. Trinta crianças morreram com problemas respiratórios, 11 delas na capital. O fogo queimou pessoas e matou queimados animais silvestres como paca, cotia, jabuti, macacos, tatus, preguiças e também domesticados, como bois, vacas e ovelhas.

Especialistas - Segundo Anselmo, nas próximas horas chegam ao Acre 15 especialistas do Prevfogo, do Ibama. Eles conhecem técnicas modernas para debelar o fogo e orientarão o trabalho de campo.

O Corpo de Bombeiros de Brasília enviará hoje à região 150 homens. Eles reforçarão contingente de outros 150 bombeiros e brigadistas que há dias tentam apagar as chamas, muitos deles doentes, com desidratação e problemas respiratórios. Há pelo menos um caso de Malária. Anselmo diz que o governador não quis aceitar voluntários civis nas ações, com medo de baixas.
Por enquanto apenas um helicóptero está a serviço dos combatentes. (Ibama, 26/9) Mudanças climáticas podem ser uma das causas dos grandes incêndios florestais no Acre, segundo Ibama Regiões que antes não sofriam com a seca agora passam semanas e até meses sem chuva. Essa pode ser uma das explicações, segundo o Instituto Brasileiro do Meio-Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para os incêndios que devastam áreas florestais no Acre há uma semana.

— Precisa haver uma ampliação de todo o trabalho que temos feito nos últimos anos em relação à prevenção de queimadas, pois fenômenos meteorológicos que antes não ocorriam estão começando a acontecer, modificando o panorama que normalmente temos para a região-, observa o assessor especial da Diretoria de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio-Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Kleber Alves.

Para Alves, essa seca prolongada na região é um fenômeno meteorológico que já está sendo estudado. É preciso, explica, identificar as causas e verificar se faz parte de algum ciclo de longo curso ou se é um fenômeno esporádico, que não vai se repetir nos próximos anos.

Ele diz que assim como o estado de Roraima conviveu com o fenômeno do El Niño e La Niña, que altera a seca e as chuvas na região, podemos estar experimentando a introdução de um novo fenômeno na região.

As equipes do Ibama estavam preparadas para o que tradicionalmente acontece no estado do Acre, pequenas queimadas, chamados roçados, que nunca evoluíam para incêndios florestais de grande proporção. — Só que essa situação climática intensa, negativa, fez com que essas pequenas queimadas evoluíssem para incêndios florestais de grandes proporções e de difícil combate-, diz Alves.

De acordo com Kleber Alves, a falta de infra-estrutura para o acesso rápido à região do incêndio (reserva estrativista Chico Mendes, na região de Xapuri) tem sido a responsável pela demora no combate ao incêndio. — Nós não temos estradas. Ali, é local de estrativismo. Não têm muitos ramais de acesso aos locais onde estão os focos de incêndio que estão exigindo logística de transporte comunicação e de acampamento para o pessoal que está no combate e estruturas muito grande-, explica ele.

O assessor especial do Ibama explica que, apesar do trabalho para conter o fogo, a extinção mesmo só será possível com a vinda das chuvas e o aumento da umidade relativa do ar na região de floresta, que, na semana passada, chegou à inacreditável marca de apenas 20%.

Essa umidade relativa do ar, conforme ensina Kleber Alves, só é verificada na região do Planalto Central, onde se tem uma altitude elevada, muitos ventos e uma região de cerrado com intensa insolação do solo. — Na região de floresta, chegar a 20% de umidade relativa do ar é algo extremamente raro-. (Agência Brasil, 26/9)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -