Grupo planeja construir plantas nucleares nos Estados do Golfo do México
2005-09-27
Um consórcio de oito companhias informou, na última quinta-feira (22/9), que poderia gastar cerca de US$ 100 milhões na preparação de aplicativos para a costrução de dois reatores nucleares nos Estados do Mississippi e Alabama, um passo que parece mover a indústria nuclear norte-americana para mais próximo de seus primeiros reatores de última geração, cuja instalação deu-se a partir dos anos 70. O anúncio foi feito pela NuStart Energy, consórcio de companhias que tem substancial aporte de financiamento do governo. O consórcio selecionou uma cidade do condado de Claiborne, no Mississipi, adjacente ao reator da Entergy Nuclear no Grande Golfo, e outra no norte do Alabama, de modo que esta segunda planta pudesse ficar perto da construção nuclear abandonada de Bellefonte, na Autoridade do Vale do Tennessee.
O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) está comprometido a compartilhar custos para o desenvolvimento das duas aplicações, e concordou em pagar uma taxa de cerca de US$ 30 milhões para uma das unidades. O consórcio está agora pedindo ao DOE o pagamento da taxa para a outra. Ao mesmo tempo, a Entergy anunciou que irá ela mesma desenvolver aplicativos para o reator nuclear em um sítio perto da planta de Waterford, na Louisiana.
O governo, os fabricantes de reatores e as empresas de energia nuclear que detêm e operam os reatores existentes estão testando procedimentos de licenciamento das reformas, estabelecidos pela Comissão Regulatória Nuclear nos anos 90 a fim de evitar falhas em reatores dos anos 70 e 80, quando diversos deles foram encomendados e cuja construção começou bem depois de os projetos terem sido aprovados. O problema é que há um grande lapso de tempo desde que um projeto é aprovado até a sua entrada em operação. Isto pode acabar defasando a tecnologia. Segundo o programa, os projetos para o reator no Grande Golfo, a ser construído pela General Electric, e para o reator de Bellefonte, a ser construído pela Westinghouse, deverão estar aprovados pela Comissão Regulatória Nuclear antes que os trabalhos sejam iniciados nos dois sítios. (Fonte: The New York Times, 25/9)