População de Montenegro deve pedir abertura de um canal no Rio Caí
2005-09-27
Uma alternativa já conhecida para tentar solucionar um problema antigo voltará a ser
debatida em reunião que será agendada para o final de outubro, com a participação do
Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Caí, moradores de Montenegro e
cidades vizinhas. O tema será a construção de um canal extravasor de águas para
evitar as enchentes do Rio.
O objetivo da vereadora Isaura Viegas de Mattos (PMDB) é mobilizar a comunidade para
assegurar que os estudos e a elaboração de um projeto de construção de um canal
extravasor para dirimir o impacto das cheias sazonais esteja no texto final do Plano
Diretor. Ontem, ela reuniu-se com a vereadora Helena da Cruz (PMDB), de Pareci Novo,
para falar sobre o assunto. Será solicitado à prefeitura de Pareci que seja
disponibilizado um ônibus para facilitar a participação de integrantes da comunidade
daquele município na reunião que deverá ocorrer no Teatro Roberto Atayde Cardona.
Isaura diz que é importante o relato de experiências por pessoas que sofrem
diretamente com o problema das cheias. — Eles precisam contar o que sentiram, os
prejuízos que têm a cada enchente-, observa. Durante o encontro realizado na sala de
reuniões da Câmara, na manhã de sexta-feira, a vereadora expôs a Helena o arquivo de
fotografias e documentos sobre o problema, comprovando que a idéia de fazer o canal
é antiga. Um dos textos arquivados mostra que, em 1956, o então prefeito Hélio Alves
de Oliveira mandou realizar um extenso trabalho topográfico visando a abertura de um
canal de aproximadamente dois quilômetros, a cerca de 15 quilômetros da cidade.
Em uma viagem a Brasília, feita no ano passado, Isaura constatou que há verbas no
Ministério da Integração Nacional para medidas de contenção de enchentes. Diz, ainda,
que vários documentos tramitam na capital federal visando a conter as cheias do Rio
Caí. Para ela, a solução ainda não ocorreu por falta de vontade política. Durante
a reunião prevista para outubro, a vereadora quer deixar claro à comunidade, que
sofre prejuízos com as enchentes, que deve cobrar indenizações ao poder público por
danos materiais. (Jornal Ibiá, 24/09)