Eka Chemicals inaugura duas novas fábricas
2005-09-26
Os investimentos em novas plantas e ampliações dos produtores de celulose e papel, que chegarão a US$ 14,4 bilhões até 2012, impulsionam ações dos fornecedores deste setor, como é o caso da Eka Chemicals do Brasil, que investiu US$ 90 milhões na construção de duas fábricas, que serão inauguradas na próxima semana.
A primeira é voltada à produção de sílica coloidal, no distrito industrial de Santa Cruz (RJ), e a segunda é destinada à fabricação de clorato de sódio e dióxido de cloro, em Eunápolis (BA), denominada Eka Bahia, uma ilha química ao lado da fabricante de celulose Veracel.
A planta do Rio de Janeiro, orçada em US$ 10 milhões, terá capacidade produtiva de 12 mil toneladas por ano de sílica coloidal, que será fornecida para os principais fabricantes de papel. — Especialmente, a aqueles que produzem papel de alta qualidade para exportação-, explica Valentin Suchek, presidente da Eka Chemicals.
De acordo com ele, a fábrica do Rio de Janeiro permitirá à companhia alcançar 50% de participação no segmento de produção de sílica do país. — Se o Brasil tivesse disponibilidade geográfica, receberia todos os investimentos do setor de papel mundial, opina. A unidade, segundo o presidente, ainda pode atender ao mercado internacional. Já negociamos com o Chile, Argentina e Colômbia, enumera. — Trata-se da sétima planta do grupo voltada à produção de sílica-, completa Suchek.
O executivo cita ainda o potencial do setor de papel e celulose brasileiro que, nos últimos dois anos, cresceu 1 milhão de toneladas de papel. —Além de atender à demanda da Veracel, a Eka Bahia foi projetada para abastecer outros clientes deste nicho-, afirma. A fábrica, que produzirá clorato de sódio, terá capacidade produtiva de 58 mil toneladas por ano e abastecerá a Veracel com 22 mil toneladas anuais do produto.
— Temos condições de atender atuais e novos projetos, como o da (Cenibra) Celulose Nipo-Brasileira, que ampliará a produção em 200 mil toneladas de celulose, e a expansão da Aracruz, em Guaíba (RS), que acrescentará 60 mil toneladas de celulose à sua produção-, destaca.
Para Afonso Moraes de Moura, gerente técnico da (ABTCP) Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel, os projetos da Eka Chemicals seguem a tendência do segmento que é estreitar a relação com os fornecedores. — Hoje, as ampliações do segmento são discutidas juntamente com o produtor de insumo químico, que assume o compromisso de operar uma planta para atender às necessidades das empresas de papel-. (Celulose Online, 23/9)