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2005-09-26
Barra Grande, a usina hidrelétrica que afogou quase seis mil hectares de araucárias em Santa Catarina, já é favas contadas. Agora, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) inicia o processo de construção das casas populares que poderá resultar num dos maiores programas de habitação popular do interior do país.

Na quinta-feira (22/9) o MAB realizou uma assembléia no município de Pinhal da Serra, interior gaúcho, para avaliar o andamento do acordo feito com a empresa Baesa, construtora da hidrelétrica de Barra Grande. As casinhas serão construídas graças a madeira das falecidas araucárias retiradas com o alagamento da floresta, esquecida pelo EIA- Rima da Engevix, que apesar das inúmeras mobilizações da população atingida e de ecologistas, recebeu a malfadada Licença de Operação do Ibama. Como consolo, restou aos nativos as araucárias afogadas.

André Sartori, da coordenação do MAB, afirma que a obtenção de moradia digna está dentro do projeto popular de desenvolvimento que o MAB defende para a região de Barra Grande e para todo o Brasil. No entanto, para Sartori, a construção destas casas não é suficiente para fazer frente à realidade de desestruturação econômica e social causada pela barragem, além das perdas ambientais irreparáveis que esta hidrelétrica trouxe, levando inclusive à extinção de espécies da flora brasileira.

Na assembléia, a população local escolheu uma coordenação composta por representantes das igrejas, das prefeituras, câmaras de vereadores dos municípios atingidos, além de lideranças sindicais, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e do próprio MAB para coordenar o projeto de construção das casas. Já existe também um acordo feito pelo MAB, que prevê a participação do Governo Federal neste projeto.

Representantes da Caixa Econômica Federal estiveram presentes e garantiram a utilização de recursos do Programa de Subsídio Habitacional (PSH) no projeto. O MAB estima que poderão ser viabilizadas a construção de 1.000 casas populares em toda a região.

Além da construção das casas populares, o pessoal discutiu o andamento dos projetos de reassentamento e as reparações que ainda faltam ser distribuídas pela Baesa. Também lembraram a situação criada na barragem de Campos Novos, que fica próxima a região e está sendo construída por muitas das empresas proprietárias de Barra Grande, como a Votorantin, Banco Bradesco e Camargo Corrêa.

O MAB afirma que, em Campos Novos, o consórcio Enercan, construtor da obra está se negando sistematicamente a reassentar as famílias atingidas. Um estudo oficial da Fatma, órgão responsável pelo licenciamento da hidrelétrica, já atestou o direito de 237 famílias a reparação. Segundo André Sartori, não está descartada o deslocamento de grupos de Barra Grande para ajudar na mobilização em Campos Novos ou mesmo a realização de lutas na própria região em solidariedade aos atingidos da outra hidrelétrica. (Com informações do MAB)

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