Os carros a hidrogênio serão limpos, mas e o combustivel?
2005-09-26
Eles são experimentais e custam cerca de US$ 500.000 cada. Mas se os carros movidos à hidrogênio, com um preço razoável, saírem do laboratório e chegarem ao mercado, os EUA irão respirar aliviados. A substituição da gasolina pelo hidrogênio reduziria a dependência do petróleo importado e também a poluição.
Mesmo se todos os obstáculos técnicos fossem ultrapassados, ainda há um desafio maior: de onde virá este combustível?
Esta é uma das questões mais complicadas de serem respondidas na economia do hidrogênio. A maior parte deste combustível, hoje, é extraída do gás natural, o que ainda faz com que os EUA sejam dependentes da importação. Carvão, produzido no país, poderia servir como fonte de hidrogênio, mas então os ganhos ambientais da utilização do hidrogênio seriam perdidos.
Então o que fazer?
Um pesquisador chamado Francis Lau tem um projeto para a transformação de resíduos agrícolas em hidrogênio. Atualmente, isto é muito caro. Mas se ele tiver sucesso, um salto imenso para a substituição do petróleo por hidrogênio seria dado.
Lau e um time de cientistas do Gas tecnology Institute em Dês Plaines, Illinois (EUA), estão tentando criar uma membrana rígida, mas permeável, que seria utilizada para extrair o hidrogênio de lascas de madeira ou talos de milho gaseificados. O resultado esperado é o custo de 20 a 40% menor do que o atual para a produção do hidrogênio.
A principal vantagem é que o combustível seria proveniente da biomassa, sendo limpo, renovável e 100% nacional.
O hidrogênio pode ser produzido de outras formas: através da eletrólise da água ou pela eletricidade produzida em usinas nucleares, painéis solares ou geradores eólicos.
— Precisamos diversificar as nossas alternativas energéticas-, disse Lau, — Todos os tipos de energia tem empecilhos: nuclear, solar, biomassa.
Pesquisas
Pesquisas estão sendo realizadas no mundo todo a procura de novas tecnologias para tornar a economia do hidrogênio viável. Problemas ainda são encontrados, não só na produção deste, como também no armazenamento e no transporte.
Segundo a empresa Brasil H2, no país, as principais linhas de pesquisa estão focadas na produção do H2 pela eletrólise, pela reforma do etanol (fonte renovável) e do gás natural e também no armazenamento em metais.
Desde 1999, o Ministério da Ciência e Tecnologia passou a apoiar projetos ligado a reforma do etanol, surgindo assim, parcerias como a feita entre Centro Brasileiro de Referência em BioCombustíveis (CERBIO) e a ddb Fuel Cell Engines GmbH. Em 2002 o MCT criou o Pragrama Brasileiro de Sistemas a Células Combustível. (Com informações de The Christian Science Monitor e CarbonoBrasil)