Por mais de mil anos, as chuvas intensas que acompanham os furacões do Golfo do México têm atrapalhado a jornada migratória de pássaros rumo ao Sul. Mas, de alguma forma, eles têm se tornado aptos a sobrevier a este problema.–Isto não é novo para os pássaros–, afirma Cliff Shackelford, ornitólogo do Departamento de Vida Selvagem dos parques do Texas. Segundo ele, –os pássaros podem detectar os furacões a distância, como barômetros de pressão, mas no caso do Rita a força foi tão grande que eles não conseguiram dar o primeiro passo–.

A costa do Texas age como um funil para os pássaros migratórios da América do Norte. Observadores de pássaros de todo o mundo vêm até essa região para analisar centenas de espécies deles. A rota do furacão Rita para o norte coincidiu com o pico de migração dos falcões, obrigando a uma espécie de monitoramento da celebração anual do vôo dos pássaros na cidade texana de Corpus Christi s. Mesmo assim, o organizador do festival, Joel Simon, disse que este foi o maior evento de observação de falcões organizado nos Estados Unidos. –Ontem (Sábado, 24/9), tivemos 44 mil pessoas, foi um bom dia–, assinalou. –Esperamos mais pessoas antes da tempestade–, acrescentou. (ABC News, 25/9)