Irã classifica de ilegal decisões sobre seu programa nuclear
2005-09-26
O governo do Irã rechaçou de ilegal e inaceitável a resolução da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que afirma que o programa atômico iraniano persegue finalidades militares. Em uma votação que não teve uninimidade, a Junta de Governadores da AIEA, reunida em Viena, aprovou, na sexta-feira (23/9), a resolução que poderia levar o Irã, antes do final do ano, para o Conselho de Segurança das Nações Unidas, por sua política atômica.
A Junta tem 35 membros: 22 votaram a favor, 12 se abstiveram – entre eles, Rússia e China – e aVenezuela foi o único que votou contra a resolução apresentada pela Alemanha, França e Grã-Bretanha. –Esta resolução é ilegal e inaceitável–, disse o porta-voz do ministério iraniano de Relações Exteriores, Hamid Reza Assefi, segundo a agência Isna.
–Os europeus tentaram que essa resolução fosse adotada por consenso no seio do conselho de governadores, mas fracassaram e tiveram que submeter o texto a votação, algo muito pouco habitual –, acrescentou Assefi. O Irã considera que, como signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear, tem direito a desenvolver um programa atômico com fina pacíficos. Mas os Estados Unidos incluiu o Irã no chamado eixo do mal, e insiste que o plano iraniano tem fins militares e, por isto, deve ser desmantelado. (Clarín, 25/9)