(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2005-09-23
Por Francis França
O Sindicato dos Trabalhadores em Água e Saneamento (Sintae/SC) reuniu 400 pessoas na Assembléia Legislativa de Santa Catarina, nesta quinta-feira (22/09), para pedir uma trégua em relação ao processo de privatização dos serviços de água e esgoto no Estado. Boa parte dos presentes eram funcionários em greve da Casan, cujas reivindicações incluem renovação do acordo coletivo de trabalho e defesa da qualificação e manutenção do saneamento público. O protesto aconteceu dois dias após a aprovação do Projeto de Lei 220/2005, que deixa a cargo dos municípios a gestão do saneamento, para administrá-lo diretamente ou por concessão à iniciativa privada. Os trabalhadores pretendem remediar a decisão pedindo aos parlamentares que barrem o processo de parcerias entre municípios e empresas na fase de regulamentação da lei.

O ato público foi definido como o Dia Estadual de Luta contra a Privatização da Água e Desmonte da Casan. A justificativa do governo para a privatização do Sistema Estadual de Saneamento, que será elaborado com base em características específicas de cada bacia hidrográfica, é melhorar as condições de desenvolvimento social e econômico, com melhoria da qualidade de vida e em equilíbrio com o meio ambiente, além de garantir que a água possa ser controlada e utilizada, em padrões de qualidade e quantidade satisfatórios.

Mas os trabalhadores não acreditam que privatizar o sistema garantirá melhorias. A maior preocupação é com os pequenos municípios, incapazes de atrair a iniciativa privada. A maioria dos municípios catarinenses é considerada deficitária em relação ao abastecimento de água e esgoto.

— Pedimos uma audiência com o governador e sentimos que os parlamentares estão sensíveis à nossa causa – disse Odair Rogério da Silva, presidente do Sintae/SC.

No mesmo dia em que foi aprovado o PL 220, a bancada governista conseguiu derrubar o plebiscito sobre a proposta de atribuir valor econômico à água para sobretaxá-la, por meio do PL 292. O plebiscito foi rejeitado por 14 votos contra oito. Os deputados que votaram contra alegam que não havia mais tempo hábil para incluir a questão no plebiscito do comércio de armas, em 23 de outubro, e que, além de haver lei federal sobre o tema, o PL 292 não havia sido votado, e o plebiscito, portanto, seria acessório, estaria se antecipando.

A decisão abre caminho para a aprovação do PL 292, que deve ser votado nos próximos dias. O deputado Afrânio Boppré (PT), autor da proposta do plebiscito, disse que a saída agora é tentar resistir à aprovação do PL 292, mas que se não conseguir vai pedir um referendo sobre o tema.

A situação não é novidade. No dia 6 de setembro, após a audiência pública que discutiu o PL 220, Boppré disse: Eu já sei tudo o que vai acontecer. O governo tem maioria na assembléia, vai derrubar o plebiscito e aprovar os projetos de privatização e comercialização da água. Mesmo sabendo que a privatização do sistema de abastecimento já era ponto pacífico, o deputado lamenta.

— É a confirmação de um erro desta Assembléia Legislativa.

Boppré, que mostrou ser bom em previsões, teme o que pode acontecer se, além do PL 220, que deixa nas mãos das empresas o controle sobre o abastecimento de água e esgoto, também for aprovado o PL 292, que quer atribuir valor econômico à água, possibilitando a cobrança como se a água em seu estado natural fosse mercadoria.

— O estado vem perdendo o controle. As empresas multinacionais no setor de saneamento estão se aproveitando para tomar uma área estratégica - adverte.

Durante o protesto dos trabalhadores do Sintae/SC, outros parlamentares mostraram-se contra a privatização. O presidente da Assembléia, deputado Julio Garcia (PFL) destacou que, se a saúde é uma obrigação do Estado, água e saneamento também são imprescindíveis à população.

Apesar da seqüência de vitórias do governo, Boppré acredita que o PL 292 será tratado com mais cautela pela Assembléia.

— Os deputados estão apreensivos com os protestos e, como têm interesse na eleição do ano que vem, provavelmente vão tomar cuidado antes de votar um projeto assim, anti-popular – opina.

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -