A Aracruz Celulose, uma das maiores produtoras de papel do país, pretende transformar o ancoradouro da cidade num terminal para embarcar toras de eucalipto. A empresa planeja investir R$ 135 milhões para levar de barco a madeira das plantações no sul da Bahia para a sede da indústria, no Espírito Santo. Os ambientalistas temem que o tráfego marítimo destrua os corais da região e coloque em risco a vida de baleias jubarte, freqüentadoras do litoral baiano no inverno. A obra deverá dobrar a quantidade de material em suspensão na água, reduzindo a luz que alimenta os corais. Por sua vez, a Aracruz garante que despejará o material recolhido longe dali. Também se comprometeu a montar um sistema de monitoramento para interromper a dragagem no momento em que houver qualquer risco para as riquezas submarinas da região. (Época/62, 10/09)