Decreto garante a preservação de figueira em Novo Hamburgo
2005-09-23
A secretária de Meio Ambiente de Novo Hamburgo, Margô Guadalupe Antônio, anunciou
ontem (21/09) a formulação de um decreto municipal para preservar a figueira
bicentenária localizada na Rua Ivo Engel, no bairro Guarani. O documento garante a
manutenção e a preservação da árvore.
A figueira está ameaçada pela ação de parasitas e plantas enraizadas nos galhos.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) fará um tratamento especial de limpeza na árvore.
Um ato organizado por moradores do bairro Guarani, às 14h30 de ontem, teve a proposta
de conscientizar a população e o poder público para a necessidade de preservação da f
igueira, que tem mais de 200 anos de idade. A mobilização reuniu entidades como a
União dos Moradores do Bairro Guarani, o Grupo da Terceira Idade Renascer, as escolas
São João, Pedro Adams Filho, a Escola de Educação Infantil Pequeno Polegar e o Núcleo
Bem Viver do Centro Social Urbano do Bairro Guarani. Os moradores fizeram discursos e
homenagens pelo Dia da Árvore, transcorrido ontem. Um pé de canela foi plantado na
esquina entre as Ruas Ivo Engel e João de Oliveira. O plantio de uma figueira foi
realizado na esquina entre as Ruas Ivo Engel e Araújo Viana por Beatriz dos Santos, 4
anos (representando as crianças), Marta Sebastiani (presidente do Grupo da 3.ª Idade
Renascer) e Pedro Luís Martinelli (presidente da União dos Moradores do Bairro
Guarani).
Após, a árvore recebeu um abraço simbólico. A homenagem contou com a presença do
diretor de Licenciamento e Controle Ambiental da Seman, Carlos Normann, que falou aos
moradores sobre os cuidados necessários para a preservação. – Nesta figueira está
formado um pequeno ecossistema. Não é possível limpar tudo, pois devemos ver aquilo
que deve ser retirado e o que precisa ficar-, explicou Normann.
O secretário da União dos Moradores do Bairro Guarani, Antônio Salonides Paz, contou
que este é o segundo ato para a salvação da figueira. O primeiro ocorreu há 17 anos.
Um morador também disse que, quando os antepassados da família Engel foram morar no
local, em 1843, a figueira já existia. (Jornal NH, 22/09)